
O dramaturgo morre e o ator ressuscita-o sem ele próprio morrer
O título deste espetáculo é tirado do famoso epitáfio de Robespierre: “Passante, não chores a minha morte, se eu vivesse tu morrias.” O passante e Robespierre não podem estar vivos ao mesmo tempo e no entanto é isso que os dramaturgos e os atores fazem grosso modo no teatro: o dramaturgo morre, e o ator ressuscita-o sem ele próprio morrer.
Tomemos alguém que lê um texto em voz alta, em público, de papel na mão: estamos a deparar-nos com a simultaneidade da sua presença e da sua não-presença (tanto do texto como do leitor). Com este espetáculo queremos evidenciar a não-presença, a fantasmagoria, o outro acontecimento que não é aquele que os atores costumam afirmar como o aqui e o agora. Pôr ainda mais o morto em cena. Não vamos convocar os mortos para a vida, vamos convocar-nos nós para lá. E para isso pedimos ajuda ao texto que nos leve nesta viagem de morte.
Página três; vamos começar.
Data
28, Março 2017
Horário
22H00
Duração
1h30
Faixa etária
M12
Preço
€5
Local Auditório TAGV (lotação limitada)
Direção e texto Miguel Castro Caldas
Conceção Miguel Castro Caldas, Lígia Soares e Filipe Pinto
Cenário e figurinos Filipe Pinto
Cocriação e interpretação Lígia Soares, Miguel Loureiro e Tiago Barbosa
Cocriação de som, vídeo e luz Gonçalo Alegria
Pré-produção Marta Raquel Fonseca
Produção executiva Vânia Faria
Cocriação e assistência aos ensaios Catarina Salomé Marques
Coprodução Culturgest