A Mesa é um lugar mítico que conservamos na memória e para o qual nunca viajamos. Chegamos lá e pronto! Não por ela, mas por tudo aquilo que nos provoca, estimula e faz viver. É um lugar de viagem e reencontro. Com outros e, por vezes, com nós mesmo. A mesa apazigua e potencia o crime e o amor, consoante o momento. Não conseguimos definir em quantas mesas nos sentamos, mas seremos capazes de verbalizar memórias de uma vida, estados de alma, ideias, reflexões, sentimentos, declarações definitivas, nascidas ali. A Mesa é imprescindível na nossa existência e afirmação. Passamos por mesas como libélula por nenúfar. E continuamos a voar. Importa o tamanho da mesa, onde está, quantas pessoas nela cabem… ou se queremos mesmo “chegar” mais uma cadeira, como importa a circunstância. À Mesa somos efectivamente mais NÓS. Sentemo-nos então e partilhemos este pedaço de tempo, de nós. — Companhia Teatro de Braga