Teatro Académico de Gil Vicente
O Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) é a estrutura cultural da Universidade de Coimbra. Projeto dos arquitetos Alberto José Pessoa e João Abel Manta, foi inaugurado em 1961. O edifício é parte integrante de um conjunto de edifícios construídos para as instalações académicas, no qual se englobam o edifício das secções da Associação Académica de Coimbra e as cantinas (antigo ginásio). Tem sido desde então a sala de interface cultural e artística de Coimbra no âmbito das artes performativas.
Espaço destinado à prestação de um serviço público, oferece uma programação regular e diversificada, integrando Coimbra nas redes nacionais e internacionais do teatro, da dança, da música e do cinema. Inaugurado a 9 de setembro de 1961, o TAGV conta com uma idade que permite tecer um balanço e avaliar o lugar que foi assumindo ao longo das últimas décadas.
Pelo TAGV passaram os artistas nacionais e internacionais mais prestigiados, como Merce Cunningham e John Cage, Angelika Oei e Joelle Bouvier, Kenneth Branagh, Meg Stuart e Giorgio Corsetti. Em sintonia com o seu tempo, apoiou o teatro universitário, e os jovens criadores emergentes, como a geração da Bienal Universitária de Coimbra de 1988, com Francisco Camacho, Vera Mantero, João Fiadeiro, entre outros. Estes e outros momentos que marcaram a cidade e o país: Semana Internacional de Teatro Universitário, Coimbra – 92 Capital Nacional do Teatro, Coimbra 2003 – Capital Nacional da Cultura, ou ainda Coimbra em Blues – Festival Internacional de Blues de Coimbra.
A sua missão cultural, artística e formativa tem-se desenvolvido como espaço de conhecimento, saber e contemporaneidade artística. Com o progressivo desaparecimento de outras salas de espetáculos, acompanhado pela atividade complementar de duas companhias profissionais em espaços municipais, o TAGV afirmou-se ao longo dos anos como o teatro da cidade e para a cidade. Enquanto espaço destinado à prestação de um serviço público, oferece uma programação regular e diversificada, integrando Coimbra nas redes nacionais e internacionais no domínio das artes performativas e do cinema. O TAGV, ao longo dos anos, desenvolveu um conjunto de projetos com diferentes parceiros, ocupando um lugar central na democratização do acesso à cultura, oferecendo ao público uma programação regular no domínio das artes do espetáculo e no apoio à criação e promoção artística.
O TAGV faz parte da Rede de Teatro e Cineteatros Portugueses. A atividade assenta num espaço de programação transdisciplinar e de pesquisa artística, mantendo a transversalidade de géneros e formas artísticas que caracteriza o percurso do teatro, promovendo um diálogo crescente entre redes formais e informais, ancorados no tempo presente e na pesquisa artística. As linhas programáticas assentam nos seguintes objetivos estratégicos: o contributo para políticas que combatam assimetrias de produção, criação e circulação artísticas em Portugal; o aumento da capilaridade e do alcance das atividades de mediação do teatro; o fortalecimento do apoio à pesquisa académica e à produção de conhecimento em artes; a promoção de uma programação multidisciplinar comprometida com uma cidadania consciente, participativa e humanista; e a promoção da expressão cultural e artística da academia.
Neste âmbito, o TAGV assume-se como espaço de experimentação e de interligação entre prática artística e investigação e de afirmação da dramaturgia contemporânea em língua portuguesa.
O TAGV prossegue a sua missão de serviço público como espaço aberto à cidade, região e país, reconhecendo os públicos como agentes culturais ativos e críticos. Responde à exclusão, promovendo valores humanistas e contribuindo para afirmar teatros e cineteatros como instituições essenciais à vida coletiva e à coesão territorial e social.
A programação assegura o direito à fruição e criação cultural, através de parcerias de proximidade que favorecem o acesso de públicos diversos, com destaque para escolas periféricas e instituições sociais.
A circulação e promoção da criação artística são reforçadas pela coprodução e acolhimento de projetos nacionais de fora dos grandes centros, abrangendo teatro, circo, dança, música, cinema e linguagens multidisciplinares. Este posicionamento valoriza o TAGV como referência no combate a assimetrias demográficas e culturais e contribui para a articulação dos teatros e cineteatros no território.
A participação das comunidades é central no plano de mediação, do qual se destacam projetos de cocriação e coprogramação, oficinas, caminhadas performativas, podcasts e conversas temáticas. Projetos de proximidade com escolas e associações de matriz social promovem envolvimento direto e trazem outras narrativas para a esfera pública.
O LIPA apoia colóquios, publicações, doutoramentos e programas curriculares diversos, bem como dinâmicas práticas em investigação.
Integra redes nacionais e internacionais de circulação e coprodução. A diversidade cultural é assumida como valor identitário: Coimbra acolhe mais de cem nacionalidades, o que se reflete na programação e na vida do teatro. Promove diversidade, igualdade de género e cidadania ativa, afirmando-se como espaço plural, seguro e solidário. Deste modo, o TAGV concretiza de forma integrada os objetivos do Programa de Apoio, reforçando o papel dos teatros e cineteatros enquanto agentes de transformação cultural, educativa e social em todo o território.
Teatro Académico de Gil Vicente
Década de 70
A Universidade de Coimbra é fundada em 1290 em Lisboa por iniciativa do rei D. Dinis. Faz parte do escasso lote de quinze universidades ativas na Europa, no final do século XIII. Após um período de alternância entre as cidades de Lisboa e Coimbra, a transferência definitiva ocorre em 1537, pela mão de D. João III.
Enquanto sede da única universidade portuguesa, Coimbra tornou- se, ao longo dos séculos, um importante pólo cultural, tendo a norma culta desta cidade exercido grande influência no saber linguístico dos estudantes, os quais acabariam por influenciar os povos de outros espaços geográficos.
Em 2013, a Universidade de Coimbra – Alta e Sofia foi inscrita pela UNESCO na Lista do Património Mundial.
Universidade de Coimbra
Década de 40
Espaços
O TAGV tem uma atividade regular de programação no âmbito das artes do espetáculo, do cinema e da música. No entanto, disponibiliza os seus espaços para a realização de eventos de natureza cultural e afins, incluindo conferências, lançamento de produtos culturais, reuniões de empresa, entre outros.
O TAGV é um edifício acessível ao público e a equipas artísticas com mobilidade reduzida: rampa para cadeira de rodas junto à porta da entrada principal, com acesso direto à bilheteira, auditório, palco e WC adaptado. O auditório tem 4 lugares para pessoas com mobilidade reduzida e 2 lugares destinados a acompanhantes. Estacionamento para veículos com dístico. O edifício beneficia da sua localização centralizada na cidade, sendo paragem regular para a maioria dos itinerários de transportes públicos, permitindo rápido acesso aos principais pontos da cidade. Existe também uma plataforma on-line para venda de bilhetes.
A implementação do novo website, a partir de 2026, cumprirá as diretrizes de acessibilidade para os conteúdos web (WCAG – Web Content Accessibility Guidelines), respondendo às necessidades de pessoas com incapacidades, incluindo: cegueira ou baixa visão, surdez ou perda auditiva, mobilidade reduzida, dificuldades de fala, fotossensibilidade, e combinações destas, bem como algumas limitações cognitivas e dificuldades de aprendizagem.
A utilização do website do TAGV (tagv.pt), ou qualquer interação com plataformas on-line associadas, implica que os Dados Pessoais transmitidos sejam tratados em conformidade com o RGPD, com base na informação legal e no consentimento sobre o tratamento de dados pessoais pela Universidade de Coimbra.
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Entrada
— Exterior
Espaço Envolvente
Entrada
— Interior
Sala
— Plateia
Sala
— Palco
Sala
— Vista geral
Cabine de Projeção
Café Teatro
— Panorama
Sala de ensaios
Equipa
- Sílvio Correia Santos
Diretor Geral e de Programação - Luísa Lopes
Coordenadora de Unidade - António Patrício
Administração - Fernanda Pereira
Apoio Administrativo e de Produção - Cláudia Morais
Produção - Nuno Gomes
Produção - Bernardo Agostinho
Equipa Técnica - João Conceição
Equipa Técnica e Direção Técnica - José Balsinha
Equipa Técnica - Mário Henriques
Equipa Técnica - Marisa Santos
Comunicação - Jorge Silva
Design - Sónia Nunes
Mediação - Carolina Marmé
Acolhimento & Bilheteira - Marlene Silva
Acolhimento & Bilheteira - João Silva
Acolhimento - Jorge Silva
Laboratório LIPA
Condições técnicas
Sala 768 lugares
Plateia 437 lugares + 4 lugares mobilidade reduzida
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