Faz-se um percurso ao entardecer para dar foco à materialidade luminosa da cidade, mostrando a cidade como palco e espectáculo com a coreografia lumínica dos seus néons, reclames, caixas de luz, publicidade e reflexos em montra visíveis para o transeunte. Enquanto a noite dá lugar ao dia, preenche-se a paisagem urbana com as seduções publicitárias, com o elemento informativo e o painel do consumo. A luz é um elemento que aqui se mostra na sua qualidade de moldar o imaginário urbano, sendo sempre um exercício de fugacidade e impermanência e de fortes contrastes (sombra e luz, noite e dia)

Este mapeamento gráfico da cidade incide sobre três caminhadas que convidam a redescobrir a cidade através da sua luz, das suas texturas e das suas ausências. Ao cair da noite, a cidade encena-se em letreiros iluminados e reflexos; de tarde, revela-se nas inscrições que a fixam; e, ao amanhecer, deixa entrever os vestígios que o tempo apagou. Entre as sombras e o brilho da cidade, entre permanência e esquecimento, desenha-se um retrato sensível da cidade enquanto espetáculo e arquivo dos dias.

*exposição + percurso + conversa coletiva com entrega de prémios 

27 outubro — 22 dezembro
Tipos de Coimbra — Luzes da Cidade no Teatro (II)

8 novembro 17h30 Atlas Gráfico de Coimbra
Capítulo I Percurso da Luz —  a Cidade como Espetáculo

13 dezembro 18h30 À Conversa Com Letras e Tipos