é uma peça que aponta a uma reflexão para quem habita uma contemporaneidade em tempo acelerado, em que a capacidade de concentração está pulverizada
Alguém espirra. Alguém não apanha rede. Alguém conta um segredo. Alguém não vai à porta. Alguém deixou um elefante nas escadas. Alguém não está pronto para falar. Alguém é mãe do próprio irmão. Alguém odeia números irracionais. Alguém contou à polícia. Alguém recebeu uma mensagem dos semáforos. Alguém nunca se sentiu assim antes. Nesta vertigem de movimentos rápidos, mais de cem personagens tentam fazer sentido do que vivem.
Amor e Informação, da dramaturga inglesa Caryl Churchill, é um texto dramático invulgar, mas profundamente familiar, sem um enredo claro e que recusa qualquer tipo de interpretação linear. Entre o zapping e o Instagram, a rápida sucessão de cenas fragmentárias encontra coesão precisamente – e como o título indica – no “amor” e na “informação”, temas em torno dos quais gravitam cenas e personagens. É uma peça escrita na e para a era da informação (e desinformação).
Este texto dramático de Caryl Churchill incorpora, na sua (des)estrutura, a ideia fundamental que procura representar — a instabilidade e impermanência vertiginosas do presente, nas quais apoiamos as nossas existências. O acelerado desenvolvimento tecnológico das últimas décadas criou novas formas de relação com a realidade em que respiramos, em que esta nos surge mais fragmentada e dispersa, e em que as fronteiras entre o real e o virtual, o longe e o perto, a verdade e a falsidade, se tornam difusas e estes conceitos se misturam, indistintamente.
Data
18, Dezembro 2025
19, Dezembro 2025
20, Dezembro 2025
Horário
21H30
21H30
21H30
Duração
1h45
Faixa etária
a classificar
Preço
€10
€8
Bilheteira / atendimento presencial
segunda a sexta-feira 17h00 — 20h00
em dias de eventos 1 hora antes / até meia hora depois
encerrada aos sábados, domingos e feriados
Local auditório TAGV
Discussão e Ideias Beatriz Boleto, Carolina Costa Andrade, Catarina Moita, Filipe Eusébio, Inês Dias, Joana Ferrajão, Joana Macias, Mafalda Canhola, Mário Montenegro, Miguel Montenegro, Nuno Geraldo, Ricardo Vaz Trindade, Sílvia Santos, Teosson Chau, Tiago Santos, Zé Ribeiro
Texto Caryl Churchill
Tradução Ana Botelho, Ana Val-do-Rio, António Calheiros, Beatriz Sousa, Francisca Moreira, Hugo Barros, Mafalda Oliveira, Nuno Geraldo
Revisão Maria Neves, Nuno Geraldo, Ricardo Jerónimo, Vicente Paredes
Encenação Mário Montenegro
Interpretação Beatriz Boleto, Carolina Costa Andrade, Catarina Moita, Filipe Eusébio, Inês Dias, Joana Ferrajão, Joana Macias, Mafalda Canhola, Mário Montenegro, Miguel Montenegro, Nuno Geraldo, Ricardo Vaz Trindade, Sílvia Santos, Teosson Chau, Tiago Santos, Zé Ribeiro
Direção Técnica e Iluminação Simão Lopes
Cenografia e Imagem Pedro Andrade
Figurinos Carolina Costa Andrade
Música e Sonoplastia Marcelo dos Reis, Ricardo Jerónimo
Penteados Carlos Gago – Ilídio Design Cabeleireiros
Apoio Gráfico Joana Corker
Direção de Produção e Fotografia Francisca Moreira
Produção Executiva Silvia Carballo, Vicente Paredes
Comunicação Carolina Costa Andrade, Ricardo Jerónimo
Vídeo Promocional Tiago Cerveira
Coprodução Marionet, Teatro Académico de Gil Vicente
Apoios República Portuguesa — Cultura / Direção-Geral das Artes, Câmara Municipal de Coimbra, Hotel Oslo
Parlapié (fora) do Foyer (18 dezembro na RUC) com inscrição