18

Out

Sáb


16H30

DURAÇÃO


1h00

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Bruna Louise

Mulheres na Arquitectura

moradoras e profissionais conversam sobre as temáticas desenvolvidas na exposição Arquitectas da Liberdade e as suas experiências pessoais, profissionais e de luta, no pré e no pós 25 de abril de 1974

A Ordem dos Arquitectos – Secção Regional do Centro, com sede na Casa das Caldeiras, acolhe de 18 a 30 de outubro, a exposição itinerante Arquitectas da Liberdade. Após a inauguração da exposição (14h30), segue-se uma mesa redonda, às 16h30, no Café Teatro TAGV. Moradoras e profissionais conversam sobre as temáticas desenvolvidas na exposição Arquitectas da Liberdade e as suas experiências pessoais, profissionais e de luta, no pré e no pós 25 de abril de 1974. Esta mesa redonda serve para a construção da memória e o debate sobre os atuais desafios habitacionais e os direitos das mulheres em Portugal, numa reflexão crítica sobre o passado e o presente, contribuindo para a discussão de soluções e políticas mais justas e inclusivas. 

 

Casas e mulheres têm vínculos imemoriais. Em todo o mundo, a luta pelo direito à habitação foi e é uma luta das mulheres. Em Portugal, a Revolução de Abril de 1974 herdou uma pesada herança: as mulheres eram consideradas cidadãs de segunda, faltavam muitas casas para morar e os bairros de lata, pátios e as ilhas proliferavam nas maiores cidades. Moradoras (particularmente as mais pobres), arquitetas, técnicas de serviço social e outras, envolveram-se na reivindicação por casas dignas. Consagrado na Constituição de 1976, o direito à habitação está hoje por cumprir, assim como outros direitos das meninas e das mulheres.

Arquitectas da Liberdade fala delas. Ao redor de mulheres e das casas pelas quais lutaram, antes e depois do 25 de Abril de 1974, esta proposta articula história, fontes orais e visuais. A exposição será cronológica, temática, interdisciplinar. Parte das experiências e das histórias de vida, olhando para os seus saberes e gestos. A exposição itinerante contará com conversas com convidadas que intervieram neste período histórico e visitas guiadas. Todos os momentos serão gravados, contribuindo, assim, quer para a construção de um arquivo de memórias ao redor do 25 de Abril, dos direitos das mulheres e da luta pela casa, quer para partilhar histórias, inquietações, projetos, necessidades e desejos, que instiguem a pensarmos, hoje, a transformação social, a igualdade e a liberdade, e a democracia em Portugal.

Arquitectas da Liberdade é um dos 45 projetos apoiados pela 2.ª edição do programa Arte pela Democracia, uma iniciativa da Comissão Comemorativa 50 anos do 25 de Abril em parceria com a Direção-Geral das Artes. — Ordem dos Arquitectos – Secção Regional do Centro.

 

Ana Robocho chegou ainda criança a Portugal, estudou na Guarda e graduou-se como assistente social em Lisboa. A ainda jovem técnica interveio em bairros pobres da capital, nomeadamente na Quinta do Narigão, no Pote de Água e na Curraleira, e ainda em Barronhos, em Oeiras. Acompanhou o Processo SAAL desde as primeiras reuniões técnicas em Lisboa e trabalhou nos concelhos de Setúbal e Seixal, na dupla função de coordenadora de zona e de integrante da equipa técnica da operação do Casal das Figueiras, como técnica de intervenção social, e nas operações do Seixal. Depois da “extinção” do SAAL, trabalhou no Núcleo de Informação Pública e foi assessora técnica do Tribunal de Leiria, acompanhando crianças e jovens em risco.

 

Maria João Freitas viveu até aos 27 anos no Porto, onde se licenciou em Arquitetura pela ESBAP, em julho de 1976. Ainda enquanto estudante, colaborou no escritório do arq. Augusto Amaral e integrou (desde nov.1974 a fev.1977) a Brigada Técnica do SAAL, coordenada pelo arq. Manuel Lessa, para o Bairro de Chaves de Oliveira, no Porto. Como arquiteta, depois de breve passagem pelo GAT de Mirandela, ingressou em set. de 1977 no GAT da Figueira da Foz até fevereiro de 1991. A partir desta data, integrou os quadros técnicos da CM da Figueira da Foz, durante 25 anos, onde exerceu funções de Chefia de Divisão na área da Gestão Urbanística e do Planeamento e Ordenamento do Território, e de Assessoria à Presidência da Câmara, até à aposentação em junho de 2016.

 

Lucília Mortágua cresceu no Bairro da Relvinha, em Coimbra, onde acompanhou de perto os esforços dos seus pais, de outros moradores e de voluntários na construção do bairro após o 25 de Abril, desde as operações do SAAL até às operações do Fundo de Fomento da Habitação (FFH). Casou, teve filhos e tornou-se avó, mantendo sempre uma forte ligação à Relvinha, mesmo nos anos em que viveu fora do bairro. Hoje desempenha o cargo de vice-presidente da direção da Cooperativa Semearrelvinhas.

Data

18, Outubro 2025

Horário

16H30

Duração

1h00

Faixa etária

todos os públicos

Preço

entrada livre

 

Bilheteira / atendimento presencial
segunda a sexta-feira 17h00 — 20h00
em dias de eventos 1 hora antes / até meia hora depois
encerrada aos sábados, domingos e feriados

Local Café Teatro

Inauguração da exposição Casa das Caldeiras 18 de outubro — 14h30

Exposição 18 a 30 outubro

Organização, curadoria, produção Mulheres na Arquitectura

Promoção Mulheres na Arquitectura, Direção Geral das Artes, 50×2 Comissão das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril

Apoio Ordem Arquitectos – Secção Regional do Centro, Teatro Académico de Gil Vicente, Departamento de Arquitectura da FCTUC da Universidade de Coimbra

Moderação conversa Ana Catarino (investigadora, antropóloga), Cátia Ramos (investigadora, arquitecta)

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