O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra como um objeto de arte, como expressão de uma cultura
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra como um objeto total: expressão de civilização, medida do estado do mundo. Um jogo que colocado entre nós e a morte vai atrasando o inexorável e progressivo aumento da entropia no sistema corpo/mente. Uma articulação ritualizada de técnicas e de gestos que tal qual as narrativas de Xerazade, ou o xadrez de Antonius Block, procura através de um infindável abrir e fechar de portas, despistar, por alguns momentos, a seta do tempo.
O filme mostra os movimentos elementares desse jogo de xadrez. O hospital a nu: os espaços, os gestos, os sons e as personagens que estão aquém dos discursos que capturam na maioria das vezes o olhar sobre este hospital. Creio que muito do que o filme mostra não existirá dentro de 5 anos: o trabalho intensivo, a escala, e até a liberdade que tive para filmar serão difíceis de manter num contexto de cuidados médicos virados para a estrita quantificação numérica de resultados.
O edifício central do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra como um objeto de arte, como expressão de uma cultura; eis a proposta deste filme.
— Tiago Cravidão
Data
13, Março 2018
Horário
21H30
Duração
1h15
Faixa etária
a classificar pela CCE
Preço
€4
€3 < 25, estudante, > 65, comunidade UC, grupo ≥ 10, desempregado, parcerias
Local Auditório TAGV
De Tiago Cravidão
Origem Portugal, 2018