
tensões latentes entre corpos e dispositivos de luz, provocando uma pergunta que se projeta para além do palco: o que está em jogo neste presente momento?
Blitz é uma criação híbrida que emerge do diálogo entre a coreografia e o design de luz, partindo da premissa de que a luz não se limita a iluminar o espaço cénico mas assume uma presença corpórea e atua como um fio condutor. Em resposta a essa condição, o movimento corporal surge como eco da luz ou é composto especificamente em função dela. O termo blitz remete para o ato de misturar elementos por meio de uma máquina elétrica. Noutro campo semântico, designa um ataque militar súbito e incisivo, que combina forças aéreas e terrestres com vista a derrubar o inimigo. Em alemão, a palavra significa relâmpago: fenómeno natural que se manifesta num clarão súbito e breve, resultante de uma intensa descarga elétrica entre nuvens ou entre uma nuvem e o solo. É neste campo de fricção, no cruzamento de disciplinas artísticas complementares, que cai um relâmpago, na forma de um jogo de luzes, de palavras e de forças, onde se geram tensões latentes entre corpos e dispositivos de luz, provocando uma pergunta que se projeta para além do palco: o que está em jogo neste presente momento?
Noeli Kikuchi é bailarina, coreógrafa e performer japonesa. Iniciou a formação na Escola Superior de Dança (IPL) e participou no programa Jovens Compositores (2019), coordenado por Vítor Hugo Pontes e Luís Tinoco. Concluiu o mestrado em Artes Cénicas na FCSH-NOVA com estágio na companhia Artistas Unidos e está a frequentar o doutoramento em Estudos Artísticos na Universidade de Coimbra. Estreou-se como bailarina e assistente em Un Tsugi (2021), dirigido por Rafael Alvarez, com quem mantém uma colaboração contínua em projetos como MONO-NO-AWARE (2024-25), Choreo.Portraits (2024) e TSUGI(2025). Destacam-se ainda as suas participações nos espetáculos Now I Know, I Really Don’t Know (2021), Renacimiento(2022), Blimunda (2022), Sonhos de Einstein (2023) e Transformer L’Homme (2022). Estreou-se como coreógrafa com Ok, honey (2022). No teatro, colaborou com encenadores como Jorge Silva Melo e Hugo Gama.
Data
19, Setembro 2025
20, Setembro 2025
Horário
21H30
21H30
Duração
1h00
Faixa etária
a classificar
Preço
Bilheteira / atendimento presencial
segunda a sexta-feira 17h00 — 20h00
em dias de eventos 1 hora antes / até meia hora depois
encerrada aos sábados, domingos e feriados
Local auditório TAGV (lotação limitada)
Direção artística e coreográfica Noeli Kikuchi
Coordenação de design de luz João Pecegueiro
Co-criação e interpretação João Pecegueiro e Noeli Kikuchi
Sonoplastia Pedro Tavares
Apoio à sonoplastia José Grossinho
Direção técnica Buga Lopes
Operação Buga Lopes, João Pecegueiro e Noeli Kikuchi
Produção executiva Nilce Vicente Carvalho
Registo de imagem Teresa Martins
Registo de vídeo Zhang Qinzhe
Design de comunicação Nicolás Fabian
Coprodução Laboratório de Investigação de Práticas Artísticas (LIPA) – Universidade de
Coimbra, Teatro Académico de Gil Vicente
Apoio à residência A Escola da Noite, Câmara Municipal de Lisboa / Pólo Cultural das Gaivotas / Boavista, CITAC – Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra, Companhia Olga Roriz, Cooperativa Bonifrates, OPART, E.P.E. / Estúdios Victor Córdon
Gestão financeira Dancers’ Up
Apoio financeiro República Portuguesa – Cultura, Juventude e Desporto / Direção-Geral das Artes
Agradecimento Guilherme Pompeu, João Paulo Janicas, Nuno Patinho, Nuno Pompeu, Sr. Evaristo
Fotografia Teresa Martins
Conversa pós-espetáculo com equipa artística / 20 setembro
Espetáculo com fumo e luzes estroboscópicas