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Voz e Auralidade nas Artes Performativas

voz à boca de cena, voz de cena à boca e cena de voz à boca

O ciclo Voz e Auralidade nas Artes Performativas  constitui uma mostra de manifestações artísticas onde se exprime a diversidade do suporte da linguagem no âmbito do que se tem vindo a designar como teatro expandido, explorando gestos vocais alterados pela exigência de uma escuta que antecede o falar. Este exercício traz a jogo as variantes da voz em cena, numa dinâmica combinatória que compreende as suas diversas extensões: voz à boca de cena, voz de cena à boca e cena de voz à boca, consoante o foco das propostas artísticas. Tais mutações definem a razão de ser deste ciclo que, antevendo a multiplicidade destas práticas, se apresenta sob a forma de espetáculos, instalações, passeio sonoro, debate e edição.


Na oficina berro em cena, João Barros da Silva desencaminha-nos por cantos que não chegam a canto; no espetáculo de dança Trolaró, de Ana Rita Teodoro e João Santos Martins, os sons traçam o limbo do controlo e descontrolo; na performance Tutuguri, de Flora Détraz, ensaiam-se ventriloquismos; e no pseudo-concerto de Alexandre Pieroni Calado e João Ferro Martins verte-se um cabaret ao despique. Paralelamente, os caminhos da audição desdobram-se num passeio sonoro e em duas instalações de Tiago Schwäbl e Nuno Miguel Neves que partem para a encenação da escuta. Um debate-performance sobre tudo isto pontuará uma semana de Voz e Auralidade.

 

Tiago Schwäbl criador de Bolha Gular – programa semanal de arte rádio na Antena 2 – e fundador do programa de rádio exploratório Hipoglote: entre a voz e a palavra na Rádio Universidade de Coimbra (RUC). Autor de quatro libretos de ópera: A Querela dos Grilos e Era uma vez eu alface com a compositora Fátima Fonte; Oráculos & Ladainhas com Sofia Sousa Rocha e In(OPE)RAvel com Sara Ross para o Festival Informal de Ópera (FIO) em Braga (2021), do qual foi co-organizador. Doutorando em Materialidades da Literatura na FLUC. Curador, com Nuno Miguel Neves, da digressão por Évora, Guarda e Coimbra do poeta sonoro Jaap Blonk (2019). Colaborador no blog VoxMedia: a voz na literatura,Espaço Crítica para a Nova Música do MIC e podcast Voxlit. Ainda: tradutor ocasional, músico passado e mediador cultural no presente.

 

Fernando Matos Oliveira tem lecionado sobretudo no Curso de Estudos Artísticos, sendo atualmente coordenador do Doutoramento em Estudos Artísticos. É membro integrado do Centro de Estudos Interdisciplinares do Séc. XX (CEIS20). Principais áreas de interesse: Teorias do Teatro e da Performatividade; Estudos Teatrais e Performativos; Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea. Foi Diretor do Teatro Académico de Gil Vicente (2011-2023) e coordena a coleção Dramaturgia da Imprensa da Universidade de Coimbra.

 

7 a 10 de fevereiro Instalação Sonora / Tiago Schwäbl e Nuno Miguel Neves

7 fevereiro Oficina Berro em Cena / João Barros da Silva

8 e 10 fevereiro Passeio Sonoro / Tiago Schwäbl

8 fevereiro Trolaró (dança) / Ana Rita Teodoro e João dos Santos Martins

9 de fevereiro Mesa Redonda / Paula Caspão, Sara Belo, Alexandre Pieroni Calado, Tiago Schwäbl e Fernando Matos Oliveira

9 de fevereiro Gesächt + Tutuguri (performance) / Flora Détraz

10 de fevereiro Lebre (música) / Alexandre Pieroni Calado e João Ferro Martins

Data

07 - 10, Fevereiro 2024

Horário

Duração

Faixa etária

Preço

Local TAGV, Colégio das Artes UC e percurso pedestre por Coimbra

Curadoria Tiago Schwäbl, Fernando Matos Oliveira 

Produção Teatro Académico de Gil Vicente

Parceria LIPA — Laboratório de Investigação e Práticas Artísticas, Centro de Literatura Portuguesa

Imagem Gabriela Valente