neste espetáculo, o encenador e dramaturgo Elmano Sancho procura descobrir qual é o significado do sacrifício nos dias de hoje
Existe sempre alguém que morre para salvar o mundo.
É assim.
Jesus morreu para salvar a humanidade.
Pessoas que poderiam ter mudado o mundo morreram.
Com SIDA.
Com COVID.
Em guerras desleais.
É assim.
Precisamos de sacrificados para continuarmos vivos.
De gerações perdidas.
De pessoas que morrem por nada.
É assim.
Da mesma forma que precisamos de empregadas domésticas.
De lixeiros.
De putas.
De coveiros.
De anjos silenciosos que limpam a merda do mundo.
Enquanto o tempo demolidor passa.
Enquanto os soldados da esperança morrem.
Enquanto os sobreviventes procuram a felicidade, com os olhos postos no futuro.
Do sangue das jovens promessas, resta a memória da beleza, que se eternizou.
E nós?
Os outros?
Envelhecemos.
Tornamo-nos naquilo que, teimosamente, quisemos evitar.
A criança que fomos, o cordeiro puro, sem manchas, sem defeitos, sem pecados, assiste, impotente, ao desmoronar dos seus sonhos.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
O antigo testamento fala-nos do sacrifício de Isaac por Abraão, em que o filho é substituído por um cordeiro depois da intervenção do anjo de Deus. Na mitologia grega, o ritual do sacrifício individual existe para salvar o coletivo. Em tempos de guerra, pragas e crises, o ato sacrificial permite salvaguardar a sobrevivência da comunidade e libertar a cidade de desgraças. Neste espetáculo, o encenador e dramaturgo Elmano Sancho procura descobrir qual é o significado do sacrifício nos dias de hoje.
Elmano Sancho é um ator premiado, dramaturgo e autor dos textos I Can’t Breathe (2015), Damas da Noite, Uma Farsa de Elmano Sancho (2019) e a trilogia Maria, A Mãe (2020), Jesus, o Filho (2021) e José, o Pai (2022). Com uma larga experiência em palcos nacionais e internacionais, no cinema e na televisão, encenou uma dezena de peças de teatro.
Data
31, Outubro 2024
Horário
21H30
Duração
1h15
Faixa etária
M16
Preço
€10
€8 < 25 anos, estudante, comunidade uc, rede alumni uc, > 65 anos, grupo ≥ 10, desempregado, profissional da cultura, parceria TAGV
TAGV Early Bird / Desconto 50% aplicável em 10 espetáculos e 10 sessões de cinema até dezembro 2024. A campanha está em vigor de 9 a 20 de setembro e os bilhetes com este desconto só poderão ser adquiridos na Bilheteira TAGV/presencial
Os bilhetes com desconto são pessoais e intransmissíveis e obrigam à identificação na entrada quando solicitada. Os descontos não são acumuláveis
Bilheteira / atendimento presencial
segunda a sexta-feira 14h00 — 20h00
em dias de eventos 1 hora antes / até meia hora depois
encerrada aos sábados, domingos e feriados
Local TAGV
Texto e encenação Elmano Sancho
Interpretação Custódia Gallego, Duarte Melo, Elmano Sancho, Lucília Raimundo, Rafael Carvalho
Vozes Borja Luna, Claire de Oliveira, Jéssica da Silva, Lola Castelões, Nadav Malamud, Oksana Mykolyash
Cenografia Samantha Silva
Figurinos Ana Paula Rocha
Assistente de figurinos Sílvia Costa
Desenho de luz Pedro Nabais
Espaço sonoro Frederico Pereira
Assistente de encenação Paulo Lage
Coprodução Culturgest, Loup Solitaire, Teatro Diogo Bernardes, Teatro Viriato, Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, TAGV, Teatro Virgínia
Apoio financeiro à criação República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes, Câmara Municipal de Lisboa
Outros apoios Teatro Aveirense, CAE Portalegre, Companhia Olga Roriz
Parceria ABRAÇO, ACEGIS, AGUINENSO, APOIAR
Fotografia Joana Linda
Apresentações 11 a 14 setembro — Culturgest (Lisboa), 4 outubro — Teatro Diogo Bernardes (Ponte de Lima), 11 outubro — Teatro Viriato (Viseu), 18 outubro — Teatro Virgínia (Torres Novas), 25 outubro — Casa das Artes (Famalicão), 31 outubro — TAGV (Coimbra), 2 novembro — Teatro Aveirense (Aveiro), 9 novembro — CAE (Portalegre)