14

Jul,2023

Sex


21H30

DURAÇÃO


2h00

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Festival de Performances

ELO Conference 2023 — Overcoming Divides: Electronic Literature and Social Change

festival multimédia de performances, entre literatura eletrónica e artes performativas

A ELO Conference 2023 — Overcoming Divides: Electronic Literature and Social Change migrará por algumas horas para um palco. Este festival multimédia de performances, que acontece entre o Teatro Académico de Gil Vicente e o Convento São Francisco,  reúne vários artistas, mostrando a estreita ligação entre literatura eletrónica e artes performativas, as questões sociais e ambientais, envolvendo o público num evento que apela à reflexão e ação. 

 

Versifying Engagement in the Metaverse: A Performance of Work by @theVERSEverse
de e com Christian Bök (Independent Scholar), Sasha Stiles (Independent Scholar), Ana María Caballero (University of Miami), Lillian-Yvonne Bertram (Northeastern University)
Esta performance mostra as interpretações multimédia da poesia dos membros do @theVERSEverse — um coletivo de poetas, fundado em 2021, por Sasha Stiles, Ana María Caballero e Kalen Iwamoto (com uma associação que inclui poetas como Christian Bök e Lillian-Yvonne Bertram, entre outros). Bök é um dos fundadores do Concetualismo (o movimento literário que explora os ‘casos-limite’ da escrita após o advento da Internet). Neste evento, Bök introduz as performances de três autoras que demonstram as possibilidades para a poesia da Web 3.0 na esteira da Web 2.0. O coletivo argumenta que tanto as inteligências artificiais quanto os algoritmos generativos podem agora desempenhar um papel na democratização e diversificação da arte (dando espaço a autores muitas vezes marginalizados, se não mesmo silenciados, e “superando divisões” entre culturas).

The Poet vs The Machine” live performance
de e com Marcos De La Fuente (Poetry+AI=ART), Maria de Los Angeles Martinez Estevez (Poetry+AI=ART), Ismael Faro (Poetry+AI=ART), Alec Ekvall (poem + ai artistic collective)
Ultrapassar barreiras linguísticas é um problema difícil tanto para os seres humanos como para a IA, mas a utilização da IA oferece várias estratégias que podem ajudar. A cadeia de voz Poesia-IA é uma instalação de arte interativa que usa inteligência artificial para gerar poesia por meio de reconhecimento de voz e resposta.
Uma das abordagens da escultura é a Poesia multilíngue, a IA responde a entradas de voz em várias línguas, permitindo que os visitantes explorem a instalação na sua língua nativa. Isso cria inclusão e acessibilidade para pessoas que podem não falar a mesma língua do autor ou dos visitantes da instalação.
Outra abordagem é a Poesia Colaborativa, que convida os visitantes a usar como input as suas próprias frases ou palavras, permitindo que a IA gere poesia que ultrapassa as barreiras linguísticas, criando novas oportunidades de ligação e expressão.
Como funciona? O visitante deve sussurrar uma frase para qualquer uma das cabeças, a cabeça que receber esse input gerará uma frase, que será dita em voz alta. Essa frase falada servirá depois como os dados de entrada para a próxima cabeça, que gerará em seguida a sua própria frase. A repetição iterativa do processo criará o poema.

The Living-book of Living Portraits of Mom
de e com Carolina López Jiménez (independiente)
É  uma obra de arte performative derivada de www.retratosvivosdemama.com. O Living Book nasceu graças a uma história de família chamada a encarnar num corpo e numa voz concreta: a filha-narradora-personagem que tirou da cave o segredo que, em vida, sufocava a mãe. O Living Book tem sido a forma de a filha reparar o silêncio que asfixiava a mãe e que quase a afogou também. A filha decidiu contar esta história na esperança de que algum dia, em todos os cantos do mundo, as mulheres tenham garantida a liberdade e a autonomia para fazer escolhas que afetam os seus corpos e projetos de vida sem serem julgadas ou sitiadas.
A obra performativa consiste na escrita oral in situ, construída a partir de depoimentos e materiais do arquivo da família. A filha-narradora-autora torna-se num livro vivo (corpo senciente), que processa a sua dor perante um público que ouve (e também sente) para dar espaço e iluminar uma história nebulosa ocorrida em 1976 numa aldeia distante na Colômbia. Uma história que abre uma reflexão sobre as condições que, mesmo hoje, muitas mulheres devem passar quando tomam decisões sobre os seus corpos e os seus projetos de vida. O que encontraríamos se investigássemos profundamente quem foram as nossas mães? Antes de se tornarem mães? Que coisas foram escondidas ou silenciadas, e o que nos seria revelado sobre o presente ou sobre nós mesmos? A verdadeira mudança social não será possível se não curarmos as feridas que o patriarcado deixou nas nossas antepassadas e em nós mesmas.

An Apartment Building in July
de e com Aidan Walker [online] (Columbia University), Jacob Hall (Independent Researcher)
Um poema em hipertexto que descreve três pessoas que moram, em julho de 2021, num prédio nos Estados Unidos da América, e as formas através das quais objetos e processos inanimados os ligam uns aos outros. Cada uma das três pessoas julga que está sozinha, mas as suas histórias estão ligadas por processos naturais, eventos mediáticos e objetos inanimados que funcionam também como as ligações que unem o hipertexto.
A intenção da peça é fazer com que as hiperligações não sejam apenas um meio de conduzir um leitor por uma travessia, mas torná-lo parte integrante do próprio conteúdo. Para conectar os três protagonistas vizinhos (um conservador aposentado e deprimido, um doutorando isolado, um jovem motorista da Uber), imagino-os a escutar a mesma auto-estrada, olhando para o mesmo site ou observando o mesmo pássaro, e são essas conexões que se tornam a hiperligação que leva o leitor do mundo de uma pessoa para o mundo do seu vizinho. Cada um dos três vive na sua própria bolha mediática e política, mas quero demonstrar como essas bolhas são porosas, embora muitas vezes não tenhamos consciência disso. Ao focar-me nas infraestruturas, nos media e no ambiente, quero usar o hipertexto para contar uma história sobre essas três pessoas que nem transcende nem reforça a diferença, mas ilustra como ela existe inserida num ecossistema.
O texto encontra-se publicado online num site, clique neste link para visualizar: https://wordways.us/apartment/

Diamonds
de e com Caitlin Fisher (York University)
É um poema gerado computacionalmente, uma peça fractal construída com uma cadeia de Markov, a partir de fragmentos da poesia da autora, criados ao longo da última década, que tratam questões em ressonância com o tema da conferência deste ano: questões sociais de forma mais ampla, mas especificamente a identidade sexual e de género, a construção geracional da comunidade e sua perda, o desejo e diferença. O resultado é tanto um poema longo quanto a reimaginação de um arquivo de poesia lésbica sob a forma de literatura eletrónica.

 

12 de julho 21h30 programa aqui

Data

14, Julho 2023

Horário

21H30

Duração

2h00

Faixa etária

M18

Preço

entrada gratuita

Local auditório TAGV

host Tina Escaja

organização Electronic Literature Organization (ELO), Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra (CLP)

coordenação Daniela Côrtes Maduro (Universidade de Coimbra), Manuel Portela (Universidade de Coimbra), Alex Saum-Pascual (Universidade da Califórnia, Berkeley), Rui Torres (Universidade Fernando Pessoa)

apoio técnico Blue House, Teatro Académico de Gil Vicente

performances integradas ELO 2023 Festival de Literatura Eletrónica

performers Adam Vidiksis, Aidan Walker, Ana Caballero, Caitlin Fisher, Carolina López, Christian Bök, Daria Petrova, Ismael Faro, J. R. Carpenter, Jacob Hall, Jules Rawlinson, Lillian-Yvonne Bertram, Marcos De La Fuente, Mariel Martínez, Mark Marino, Nick Montfort, Ryan Veeder, Ottar Ormstad, Roderick Coover, Sasha Stiles, Terhi Marttila, Yan St-Onge

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