o exercício cénico nasce de um processo colaborativo interdisciplinar, numa pesquisa que pretende unir o teatro, a dança, a performance e a música
Num mundo de presenças fragmentadas e contaminado pela ilusão das realidades virtuais, é preciso proclamar os afetos. É preciso despertar os sentidos em busca de autoconhecimento, voltar a olhar para o próximo sem a mediação das telas e sem a falsa perceção da presença, alterada pelas novas tecnologias. O trabalho é uma ode ao corpo presente. O exercício cénico nasce de um processo colaborativo interdisciplinar, numa pesquisa que pretende unir o teatro, a dança, a performance e a música, através da “Oficina Estado de Presença” orientada por Júnior Lima e Júlia Anastácia, em parceria com o TAGV. — Júnior Lima
Júnior Lima é licenciado em Comunicação das Artes do Corpo pela PUC-SP/Brasil, com intercâmbio em Estudos Artísticos na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Investiga as vertentes do teatro, dança, performances e os seus cruzamentos. Ator e bailarino desde 2000, atuou em mais de 30 espetáculos, com textos de Ziraldo, Machado de Assis, Manoel de Barros, Shakespeare, Goethe, Tchekhov, Brecht, Tennessee Williams, Gil Vicente, Sérgio Mabombo entre outros autores. Em 2010 trabalhou com o grupo catalão La Fura Dels Baus. Atualmente é cofundador, performer e produtor no agrupamento Andar 7 (SP) com quem produz o festival de performances PERFÍDIA, com a direção de Luciana Ramin e Otávio Oscar. Pesquisa as relações entre performance, tecnologia e novos media, tendo como trabalho mais recente o duo “Obsolescência Programada” (2018) com o vídeo-artista Gabriel Díaz-Regañón. Também é ator no espetáculo “Deus Lhe Dê Em Dobro” (2016) e produtor no Circuito de Teatro em Português, com o grupo Dragão 7, na direção de Creuza F. Borges, com quem já se apresentou e orientou oficinas em festivais do Brasil, Portugal, Moçambique e Cabo Verde. Em 2019 assina a direção de movimentos nos trabalhos “Branca Máquina” e “Todo Sacrifício Feito Em Teu Nome”, ambos do Andar 7, e apresenta o exercício “Estado de Presença” na Mostra de Teatro Universitário, como resultado dos três meses de oficina que orientou em Coimbra, com a colaboração de Júlia Anastácia e em parceria do Teatro Académico de Gil Vicente.
A Mostra de Teatro Universitário começou em 2012 para dar a conhecer as novas criações dos grupos universitários de Coimbra e de grupos universitários internacionais, num diálogo crítico e histórico que a Academia de Coimbra mantém com o teatro universitário. A MTU pretende contribuir para a criação de um espaço comum de reflexão e de apresentação de projetos com origem na Universidade de Coimbra com as participações do CITAC, GEFAC, TEUC e, nesta edição, a participação do grupo convidado, TUP – Teatro Universitário do Porto, e a apresentação pública da Oficina dirigida por Júnior Lima (BR).
Data
06, Junho 2019
Horário
18H30
Duração
1h00
Faixa etária
M/12
Preço
entrada livre
Local Colégio Das Artes da UC
Direção Júnior Lima
Codireção Júlia Anastácia
Textos Criação coletiva e fragmentos de Peter Handke e Mário Montenegro
Música Criação coletiva
Interpretação Ádria Souza, Ana Fonseca, Ana Mendes, Beatriz Laschi, Camila Dias, Carlos João Santos, Charlotte Saenger, Claudia Bonina, Cristina Lopes, Euridice Muniz, Fátima Salvador, Inês Belo, Inês Sampaio, Jorge Teixeira, Julia Martini, Larissa Alves, Leticia Moro, Marco Tulio, Maria Beatriz, Naomi Machado, Pedro Campos, Rita Gonçalves, Rodrigo Santos, Victor Severo
Apresentação pública da Oficina “O Corpo em Estado de Presença e Escuta”
Espetáculo integrado na Mostra de Teatro Universitário 2019 — MTU’19
Produção MTU’19 Teatro Académico de Gil Vicente