divide-se em dois momentos: o primeiro dedicado à projeção do filme “Expurgar” e o segundo ao seu desenvolvimento performativo musical
A intenção artística deste espetáculo é criar um espaço de reflexão sobre a “articulação poética entre corpo, espaço e acontecimento”. Uma relação que se pode encontrar na dinâmica do filme, cuja estrutura de montagem se faz de uma forma quase dependente do universo sonoro. Neste sentido encontramos na estrutura compositiva do próprio filme a razão para a estrutura sonora e performática – de uma montagem visual que se faz a partir do som, partimos para uma composição sonora que ainda que muito influenciada pelo universo imagético assume um desenvolvimento musical autónomo (percorrido pela dimensão “espacial” do filme). Se no primeiro momento a leitura ou fruição depende inteiramente da narrativa audiovisual (do forte imbricamento entre as imagens e os sons), no segundo momento a componente imagética (lentamente reduzida a vestígios/resíduos) retira-se, abrindo espaço para a experimentação sonora. O universo sonoro criado em tempo real, surge como o resultado da pesquisa das imagens acompanhado pela exploração de técnicas de composição e improvisação, técnicas extendidas, eletrónica, e por paisagens sonoras suportadas pela recolha do concreto, jogando com referentes audioimagéticos de tendência abstratizante num processo acusmático do qual resultam possibilidades expressivas e discursivas numa relação espaço/tempo de interação exterior/interior. Neste segundo momento criar-se-ão condições para que o possível universo imagético perdure ou regresse sob a forma de imagens mentais, reverberando nas cabeças de cada espetador, tornando-o assim um elemento ativo e participativo.
Dária Salgado natural de Chaves, vive no Porto, é designer, artista, professora, membro da Associação de Investigadores da Imagem em Movimento, e doutoranda em Arte Contemporânea no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. Inicia os estudos na Escola Superior Artística do Porto (1997/2000) onde realizou o Curso Superior de Desenho. Entre 2000/05 continua os estudos na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, na área do Design de Comunicação – Artes Gráficas, sendo nesta, entre 2006/08 que realiza o Mestrado em Design da Imagem, com a dissertação “As Poéticas do Olhar – contributos para a compreensão do espaço natural enquanto cenário de construção de realidades imaginadas assentes na memória autobiográfica”. Tem desenvolvido projetos na área do desenho, da fotografia e do vídeo, com participações em festivais de curtas metragens, em espetáculos, exposições e conferências: Festival Internacional de Curtas Metragens de Vila do Conde; Festival Internacional de Curtas Metragens do Porto; Serralves em Festa 2010; Festival Internacional de Arte Contemporânea – galeria Rosalux em Berlim; Projeto “Ag-Prata-Reflexões Periódicas Sobre Fotografia” do Museu das Belas Artes da Universidade do Porto; Revista ARTECAPITAL; CONFIA – 3ª Conferência Internacional em Ilustração e Animação do IPCA, Projeto, “Atlas: Gabinete de Desenho e Gravura da FBAUP”, MiraForum (Porto), Maus Hábitos (Porto), entre outros.
Data
02, Dezembro 2020
Horário
18H00
Duração
50 min.
Faixa etária
M12
Preço
entrada gratuita (lotação limitada)
reserva obrigatória de lugar bilheteira@tagv.uc.pt
Local auditório TAGV
Concepção criativa e imagem, realização e montagem do filme Dária Salgado Contrabaixo, eletrónica Sérgio Tavares Guitarra eletrónica Nuno Trocado
Performance no âmbito Ciclo TRANSMEDIA
Performance acompanhada Instalação Visual e Sonora — Expurgar: Derivações Sónicas e Espaciais