entre a segunda metade da década de oitenta e a primeira metade da década de noventa, o RAP assumiu quase uma missão na cultura popular
Foi a investigação e o envolvimento com as protagonistas que levaram a autora a reler e reouvir um conjunto de letras e de ideias transmitido nestes anos que não estavam relatadas nem no discurso público sobre este domínio das música e cultura populares nem no campo científico dedicado ao estudo deste universo cultural. Este momento inicial de afirmação do RAP nas cultura e sociedade portuguesas ficou também marcado por um conjunto de outras desigualdades, a subvalorização e a não inscrição desses assuntos relatados nos repertórios e discursos falados das primeiras rappers, como a violência com base no género e o sexismo, motivou este livro. Por outro lado, a obra traz-nos uma abordagem nova, revendo os itinerários socioculturais dos primeiros rappers e depreendendo as suas contradições e paradoxos.
Soraia Simões de Andrade (Coimbra, 1976) historiadora musical, pós-Graduada em Estudos de Música Popular e Mestre em História Contemporânea pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UNL. A história oral, a relação entre música e cultura populares com sociedade, memória e género são os universos em que têm incidido as suas investigações. É autora das obras “Passado–Presente. Uma Viagem ao Universo de Paulo de Carvalho” (2012) e “RAPublicar – a micro-história que fez história numa Lisboa adiada: 1986 – 1996” (2017). Mentora do portal Mural Sonoro, autora e realizadora do documentário “A Guitarra de Coimbra” (RTP2), foi distinguida com o prémio Megafone/Sociedade Portuguesa de Autores 2014.
Data
03, Outubro 2019
Horário
18H00
Duração
1h00
Faixa etária
para todos os públicos
Preço
Entrada livre
Local Café TAGV
De Soraia Simões de Andrade
Edição Caleidoscópio
Apresentação Jorge Ferreira, Susan de Oliveira
Convidado/música ao vivo Rapper Muleca XIII