14

Jun

Sáb


21H30

DURAÇÃO


1h10

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VLOORXM Performance-Concerto para um Caleidoscópio Jorge Lima Barreto

Criação e encenação Manoel Barbosa

esta obra pretende recuperar as colaborações entre Manoel Barbosa e o Telectu (Jorge Lima Barreto e Vitor Rua), aproveitando uma (bastante óbvia) sintonia entre os movimentos do performer e a música desenvolvida — notada nas palavras do próprio Jorge Lima Barreto ao descrever Manoel Barbosa

Há nas várias formas de expressão artística um apelo primário aos nossos sentidos. As cores, as expressões, os gestos — no fundo, a luz que reflete no objeto artístico e nos invade as córneas é o rastilho para os movimentos sinápticos da interpretação, do prazer e da dor, do conforto e do terror. Este apelo à sensibilidade humana é inevitavelmente multissensorial; mergulhados no fundo do ar não temos como fugir à sensação na pele, nos tímpanos, no fundo das fossas nasais. A forma de expressão pode preencher várias dimensões assumindo-se assim como expressão transdisciplinar, mas será também traduzível nas várias disciplinas-linguagens-dimensões com que o artista comunica atingindo leituras sinestésicas.

 

Estas formas de expressão híbridas são caracterizadoras de uma geração de artistas portugueses que se destacaram pelo seu vanguardismo e experimentalismo e que encontraram em Jorge Lima Barreto as dimensões sónicas para as suas criações. Ou vice-versa, a criação de som para os olhos e de imagem e movimento para os ouvidos são carregados de propósitos, mas também de consequências — um equilíbrio entre o que se é e o que se representa. Uma partitura representa uma ideia musical, mas é um objeto com valor plástico e semiótico que pode ser consumido em silêncio.

 

A ideia da notação como objeto artístico estimula a curiosidade sobre as miríades de possibilidades mutacionais, razão da produção desta série de expressões caleidoscópicas em torno de Jorge Lima Barreto, como aparelho ótico metaforizado a partir do qual se desenvolvem diferentes representações artísticas híbridas.

 

VLOORXM é a resposta de Manoel Barbosa a esta proposta, uma performance-composição que codifica, na fisicalidade dos movimentos, sugestões para o preenchimento das dimensões sónicas — Manoel Barbosa e Vânia Rovisco são música corporizada, enclausurada nos movimentos permitidos à carne libertada no palco. Nuno Veiga assume a figura do intérprete dos movimentos dos corpos-partituras, responsável pela recuperação para a dimensão sónica da música codificada nos performers.

 

Esta obra pretende recuperar as colaborações entre Manoel Barbosa e o Telectu (Jorge Lima Barreto e Vitor Rua), aproveitando uma (bastante óbvia) sintonia entre os movimentos do performer e a música desenvolvida — notada nas palavras do próprio Jorge Lima Barreto ao descrever Manoel Barbosa:  (…) corpos que se moviam em ritmos simétricos, violentamente executados; insinuantes volumes, sombras que se relacionavam na magia contrapontística dos movimentos luminosos, figuras perfeitas que investiam num acabamento que só nos músicos podemos observar quando delineiam uma melodia cyberpunk (…)

 

Mas reclama sobretudo a celebração destes recursos criativos transdisciplinares experimentados por Manoel Barbosa, acompanhado por uma nova geração no corpo-movimento de Vânia Rovisco e nas dimensões sónicas de Nuno Veiga, no ritual das criações artísticas exposto aos sentidos do público.

Data

14, Junho 2025

Horário

21H30

Duração

1h10

Faixa etária

M12

Preço

 

entrada gratuita

Bilheteira / atendimento presencial
segunda a sexta-feira 17h00 — 20h00
em dias de eventos 1 hora antes / até meia hora depois
encerrada aos sábados, domingos e feriados

Local TAGV

Criação e encenação Manoel Barbosa

Performers Manoel Barbosa, Vânia Rovisco

Arquitectura e interpretações sónicas Nuno Veiga

Voz direta e cenário Manoel Barbosa

Conceito André Quaresma

Produção André Quaresma, Rita Barqueiro

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Performance

Coração Pequenininho