Em 2020 o artista queniano KMRU e o alquimista francês Aho Ssan, criaram Resurgence em resposta a uma encomenda do festival Atonal em Berlim. Não tendo sido a primeira colaboração entre os dois, há algo de inédito na forma como a abordagem de ambos se aproxima sem se diluir. Dois anos mais tarde lançam Límen, um disco fortemente marcado pela experiência marcante de uma pandemia global, onde fica evidente essa capacidade de em conjunto criarem algo para lá dos seus, aclamados, trabalhos individuais; uma peça intensa e dotada de um apelo emocional poderosíssimo.

KMRU nasceu em Nairobi e vive em Berlim onde estuda Arte Sonora na Universität der Künste. Desde 2020 já lançou Peel pela Editions Mego, Jar na Seil Records e Opaquer na Dagoretti. Nestes 2 anos tem sido destaque nas listas de melhores discos do ano entre as categorias de ambient e de field recordings e aparecido nos cartazes de festivais e salsas como o Primavera Barcelona, Les Siestes Toulouse, Semibreve, Braga, Atonal Berlim ou Le Guess Who? na Holanda.

Aho Ssan vive em Paris onde estudou design e cinema. O seu primeiro disco também saiu em 2020, Simulacrum, logo com a Subtext Recordings e estreia no Atonal em Berlim. Já este ano esteve na edição do Unsound New York. No ano seguinte o disco foi revisitado numa edição de remisturas incluindo Roly Porter ou FRKTL. Em 2022 este no cartaz do Unsound, Work On Sunday, MIRA e a bienal Sonic Acts em Amsterdão.

A estreia nacional de Límen, no menor, inclui o vídeo original de Aho Ssan para este espetáculo.