Coreia é um jornal que faz dialogar diferentes práticas artísticas a partir da dança. De tiragem semestral, publica escritos sob a perspetiva de quem faz, quem produz, quem vê e quem pensa as artes. O número 12 começa nas margens do Rio Mira. Com Sílvia das Fadas o foco muda para o que nos rodeia. Partilham-se mistérios com a terra e as plantas e pensamos o chão, a base de tudo. Do chão vai-se à suspensão, do topo à rua. Catarina Vieira traz um manual de sobrevivência, do fazer e desfazer. Contar o que se vive. Ou, por vezes, alguém contar por nós, como é o caso de Kang Seung Lee que conta Goh Choo San. Bruno Brandolino pensa no que contarão os corpos, arquivos e existência. Disrupção e digestão. Pensa-se nas origens do cinema e no seu presente, que deve ver além de si, e Olga de Soto conta o diálogo para uma exposição que vive e se transforma. Nas páginas do seu diário, neste #12, Derek Jarman junta tudo isto. Do jardim ao corpo, a vontade de plantar uma semente. Contar a sua história. Termina com esperança e resiliência.

O Coreia #12 inclui contribuições de Audrey Albert & Shane Ah-Siong, Bruno Brandolino, Catarina Vieira, Cosimo Terlizzi, dai ida, Dayanita Sight & Mona Ahmed, Derek Jarman & Howard Sooley, João Pedro Soares, Kang Seung Lee, Lou Vives, Olga de Soto, Rafael Manhães, Renan Marcondes, Sílvia das Fadas, Teresa Ves Liberta e design gráfico de Isabel Lucena e Oriol Cabarrocas.

Para o lançamento do Coreia #12, contamos com a apresentação de João dos Santos Martins e a performance de El Universo no se asemeja a nadapor Bruno Brandolino.

El universo no se asemeja a nada é uma exploração daquilo que vive à margem da nossa estrutura ontológica e societária. Um chamamento por forças desestabilizadoras para perturbar as nossas fundações. Um corpo nu e anónimo reclama o centro deste trabalho para desdobrar todo o seu potencial numa jornada sonora escato-sexual.