Coimbra, 2014. A cidade vê nascer um novo projeto musical, de seu nome Mancines. As vozes de Raquel Ralha (Wraygunn, Belle Chase Hotel, Azembla’s Quartet, The Twist Connection) e Toni Fortuna (d3o, Tédio Boys, M’as Foice) juntam-se a Pedro Renato (Belle Chase Hotel, Azembla’s Quartet) e Gonçalo Rui (produtor musical e guitarrista) para uma viagem musical, mas também muito cinematográfica. Passados quatro anos da estreia com “Eden’s Inferno”, a banda regressou em 2020 com o álbum “II”, editados pela Lux Records. Apesar de ser “muito raro que uma banda tenha uma identidade tão própria, uma tamanha capacidade de criar refrões, de criar arranjos imaculados” (João Bonifácio), os Mancines têm-na e expressam-na neste novo registo, menos negro, mais positivo e atual, sobretudo mais desligado das sonoridades dos projetos anteriores dos músicos. Aos belíssimos originais, cantados em inglês, francês e italiano, acrescentam as parcerias de JP Simões e Samuel Úria, além de uma versão dos Heróis do Mar. Se “Eden’s Inferno” foi digno de atenção por parte do público e da crítica, este novo álbum é um clássico instantâneo, “um dos mais deliciosos discos pop que nasceram entre nós nos últimos tempos”. Nuno Galopim