a École des Maîtres é um dos mais importantes projetos internacionais de formação teatral avançada, idealizado por Franco Quadri em 1990. Desde 2019, é coorganizado em Portugal pelo Teatro Académico de Gil Vicente e pelo Teatro Nacional D. Maria II
Marcial Di Fonzo Bo ator e encenador, nascido em Buenos Aires, fez o curso da École do Théâtre National de Bretagne. Em 1994, criou Le Théâtre des Lucioles, coletivo de atores. Encenou aí numerosas peças de teatro, dedicando-se a autores contemporâneos como Copi, Jean Genet, Leslie Kaplan, Lars Norën, Rainer Werner Fassbinder, Rafael Spregelburd e Guillermo Pisani, entre outros.
Como ator, tem sido dirigido por diversos encenadores, incluindo Claude Régy, Rodrigo García, Olivier Py, Jean-Baptiste Sastre, Luc Bondy ou Christophe Honoré. Em 1995, recebeu o prémio do sindicato da crítica pela sua interpretação em Richard III encenado por Matthias Langhoff, bem como o prémio da crítica de Barcelona. Em 2004, recebeu o prémio de melhor ator com Le couloir, de Philippe Minyana.
No cinema, trabalhou como ator em filmes realizados por Petr Zelenka, Woody Allen, Maïwenn, Christophe Honoré, Claude Mouriéras, François Favrat, Brigitte Roüan e Gilles Bourdos. Participou em quatro filmes de Émilie Deleuze, tendo ganho o prémio Michel-Simon pela sua interpretação em Peau neuve.
Na ópera, encenou King Arthur de Purcell no Grand Théâtre de Genève, Cosi fan tutte de Mozart na Opéra de Dijon, La grotta di Trofonio de Salieri na Opéra de Lausanne sob a direção musical de Christophe Rousset, e Surrogate Cities de Heiner Goebbels no Théâtre National de Bretagne. Tem participado também em numerosas produções como narrador.
Encenou – em colaboração com Élise Vigier – várias peças de Copi: Loretta Strong, Le Frigo e Les poulets n’ont pas de chaise no Festival de Avignon em 2006. Posteriormente, La Tour de la Défense, no MC93, com Marina Foïs. Seguiu-se a versão catalã em Barcelona (2008) e a versão russa no Teatro de Arte de Moscovo (2011). Para o 30º aniversário da sua morte, encenou Eva Perón e L’Homosexuel ou la difficulté de s’exprimer no Cervantes – Teatro Nacional Argentino, com um elenco argentino. Iniciou então uma longa colaboração com o autor argentino Rafael Spregelburd: La Connerie (2008), La Paranoïa (2009) e L’Entêtement (2011) e, com Pierre Maillet, La Panique (2009), Bizarra (2012), e depois Lucide no Théâtre Marigny com Karin Viard e Léa Drucker.
Em 2010, coescreveu Rosa la Rouge com a cantora pop Claire Diterzi. No mesmo ano, assinou a encenação de Push up de Roland Schimmelpfennig no Festival d’Automne e, no Théâtre de Paris, de La Mère de Florian Zeller com Catherine Hiegel, que recebeu o prémio Molière de melhor atriz por este papel. Em março de 2014, dirigiu Une Femme de Philippe Minyana no Théâtre National de la Colline e Dans la République du Bonheur de Martin Crimp no Les Subsistances, em Lyon.
Em 2014, realizou o seu primeiro filme de ficção, Démons, a partir da peça de Lars Norén, para o canal de televisão Arte, com Romain Duris, Anais Démoustier, Gaspar Ulliel e Marina Foïs. No ano seguinte, criou a versão teatral no Théâtre du Rond-Point, em Paris.
Em janeiro de 2015, assumiu a direção da Comédie de Caen – Centre Dramatique National de Normandie, com Élise Vigier como artista associada à direção. Demoni foi criado em italiano no Teatro Stabile Di Genova e em Milão. Em 2016, dirigiram Vera, de Petr Zelenka, a sua terceira colaboração com Karin Viard. Em janeiro de 2018, encenaram M comme Méliès, a partir dos escritos de Georges Méliès, que ganhou o prémio Molière de espetáculo para público jovem, em 2019. Em 2020, foi a vez de Le Royaume des animaux de Roland Schimmelpfennig, com música de BAFANG, e depois, em 2021, de Buster Keaton, uma comédia musical para todos os públicos. Nova colaboração com Philippe Minyana: Portrait de Raoul, atualmente em digressão na América do Sul. Também participou como ator em Portrait Baldwin-Avedon, encenado por Élise Vigier no Théâtre du Rond-Point, em Paris. Em 2022, retomou o papel de Richard III e encenou dois textos de Jean-Luc Lagarce: Les Règles du savoir-vivre dans la société moderne e Music-Hall. Foi ator em Médée-matériau de Heiner Muller, na encenação de Matthias Langhoff.
Em maio de 2023, estará no grande palco do Théâtre du Rond-Point com uma nova criação musical, Tango y Tangode Santiago Amigorena e Philippe Cohen Solal (Gotan Project). Dirigirá Rebecca Marder e uma dezena de bailarinos argentinos.
Em 2024, terá uma nova colaboração com o maestro Leonardo García Alarcón: Victoria et Anselm, na Cité Bleu, em Genebra.
A edição de 2023 da École des Maîtres será dirigida pelo ator e encenador franco-argentino Marcial Di Fonzo Bo. Em colaboração com a dramaturga e tradutora Marianne Ségol-Samoy, o artista trabalhará a peça Sonho de uma noite de verão, de William Shakespeare, partindo de Los Disparates, uma série de 22 gravuras de Francisco de Goya. A École des Maîtres 2023 terá início em Caen, a 28 de agosto, e prosseguirá com etapas de trabalho e apresentações públicas nas diversas sedes europeias do projeto: Liège (9 a 12 de setembro); Milão (13 a 16 de setembro); Udine (17 a 26 de setembro); Coimbra (27 de setembro a 1 de outubro), Lisboa (2 a 4 de outubro) e Reims (5 a 7 de outubro). Para frequentar a École des Maîtres serão selecionados dezasseis atrizes e atores (quatro atrizes/atores de cada país participante).
Data
11 - 05, Maio 2023
Horário
—Duração
—
Faixa etária
—
Preço
—
parceiros da École des Maîtres e direção artística CSS Teatro stabile di innovazione del Friuli Venezia Giulia, Piccolo Teatro di Milano – Teatro d’Europa (Itália), CREPA – Centre de Recherche et d’Expérimentation en Pédagogie Artistique (Bélgica), Teatro Nacional D. Maria II, TAGV – Teatro Académico de Gil Vicente (Portugal), Caen – Centre Dramatique National de Normandie, Comédie de Reims – Centre Dramatique National (França)
com o apoio de MiC Ministero della cultura – Direzione Generale Spettacolo, Regione Autonoma Friuli Venezia Giulia – Direzione centrale cultura, sport e solidarietà, Fondazione Friuli (Itália)
com a participação de ERPAC – Ente Regionale Patrimonio Culturale Friuli Venezia Giulia (Itália), Théâtre de Liège – Centre européen de création théâtrale et chorégraphique, Centre des Arts scéniques, Fédération Wallonie Bruxelles – Service général de la Création artistique, Wallonie-Bruxelles International, La Loterie Nationale (Bélgica), Ministère de la Culture et de la Communication (França), Universidade de Coimbra (Portugal)