Christian Petzold oferece uma viagem cativante entre o realismo e o sobrenatural
Numa viagem de fim de semana ao campo, Laura sobrevive miraculosamente a um acidente de carro. Fisicamente ilesa, mas profundamente abalada, é acolhida por uma mulher local que testemunhou o sinistro e agora se ocupa dela com uma devoção maternal. Quando o marido e o filho adulto também deixam de parte a resistência inicial à sua presença, os quatro começam, aos poucos, a criar uma rotina que se assemelha à de uma família. Não muito tempo depois, já não conseguem mais ignorar o passado.
Christian Petzold é um dos realizadores alemães mais proeminentes da chamada Escola de Berlim. Nasceu em Hilden, em 1960, e, após ter estudado alemão e teatro na Universidade Livre de Berlim, matriculou-se na Academia de Cinema de Berlim (DFFB), onde se formou em realização, ao mesmo tempo que trabalhava como assistente do realizador Harun Farocki e do produtor Hartmut Bitomsky. Depois de concluir os estudos, Petzold realizou vários filmes para a televisão, como Pilotinnen (1995) ou Cuba Libre (1996), e em 2000, assinou a sua primeira longa-metragem, Die innere Sicherheit (The State I am In), um filme sobre um casal de terroristas alemães de esquerda, co-escrito com o mestre Harun Farocki. Os seus três filmes seguintes estrearam-se no Festival de Berlim: Wolfsburg (2003), na secção Panorama, onde venceu o Prémio FIPRESCI, Fantasmas (2005) e Yella (2007) na competição oficial. Este último valeu a Nina Hoss, colaboradora habitual do realizador, o Urso de Prata para Melhor Atriz. Nos anos seguintes realizou Jerichow (2008), Bárbara (2012) e Phoenix (2014), sendo Bárbara também protagonizado por Nina Hoss – no Festival de Berlim foi premiado Melhor Realizador. Nas obras de Petzold são recorrentes personagens que escondem verdades fundamentais sobre si mesmas, e encontram o seu “eu” dividido. Paranóicos e ansiosos, os seus filmes abordam formas transitórias de produtividade e individualidade que se observam no modelo económico neoliberal, questionando o mundo laboral da “flexibilidade”. O cineasta alemão foi convidado do LEFFEST em 2014, onde apresentou Phoenix, que arrecadou o Prémio Especial do Júri João Bénard da Costa, e em 2019 o festival homenageou-o, organizando uma retrospetiva da sua obra. Céu em Chamas (2023) venceu o Grande Prémio do Júri no Festival de Berlim, e o seu filme mais recente, Miroirs No. 3 (2025), estreado na Quinzena dos Cineastas, foi exibido na Competição Oficial da 19ª edição do LEFFEST, onde venceu o Grande Prémio do Júri João Bénard da Costa.
Data
06, Janeiro 2026
Horário
21H30
Duração
1h25
Faixa etária
M12
Preço
€6
€4
< de 25 anos, estudante, comunidade uc, rede alumni uc, > 65 anos, grupo ≥ 10, desempregado, profissional do espetáculo, parcerias TAGV
Os bilhetes com desconto são pessoais e intransmissíveis e obrigam à identificação na entrada quando solicitada. Os descontos não são acumuláveis
Bilheteira / atendimento presencial
segunda a sexta-feira 17h00 — 20h00
em dias de eventos 1 hora antes / até meia hora depois
encerrada aos sábados, domingos e feriados
Local TAGV
Origem Alemanha, 2025
Com Paula Beer, Barbara Auer, Matthias Brandt, Enno Trebs, Philip Froissant
Festival de Cannes 2025 Quinzena dos Cineastas
LEFFEST Lisboa Film Festival 2025 Seleção Oficial em Competição Grande Prémio do Júri João Bénard da Costa
Estreia 1 de dezembro de 2026