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18H30

DURAÇÃO


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Morrer pelos Passarinhos / 2.ª Parte

Lígia Soares e Henrique Furtado

uma forma diferente de difusão dos espetáculos, pela participação e adequação do projeto a cada localMorrer pelos Passarinhos é um projeto que entende o teatro como espaço interdisciplinar, deixando que ele seja livremente contaminado por outras artes ou práticas artísticas

Este modelo inspirado em movimentos artísticos que nos antecederam interessa, a Lígia Soares e Henrique Furtado, por variados motivos: enquanto metodologia de trabalho (na medida em que serão ferramentas para chegar a novas formas), enquanto terreno de práticas experimentais associadas a um tempo e a um espaço e, talvez para estes o mais importante, enquanto prática de democraticidade no acesso à arte (através dos participantes locais, de ensaios abertos e da criação de enunciados que sejam acessivelmente entendidos e executados por qualquer pessoa). Pretendem experimentar uma outra abordagem de chegada ao resultado final, sobretudo pelo potencial diálogo entre as artistas e os participantes e entre estes e os curiosos que queriam assistir aos ensaios – querem que as residências sejam abertas ao público, criando sessões de discussão e exploração de materiais e experimentando um modelo em que o espectador é também criador do próprio espetáculo que usufrui. Os parceiros, também quanto interlocutores, facilitarão o contacto com os participantes locais e permitirão que o projeto que acolhem seja inserido numa lógica local de produção e de captação de públicos. Interessa, a Lígia e Henrique, uma prática artística adaptada a cada local, através da adoção de um modelo de “quase” mostruário performativo, passível de ser ajustado a cada sítio e a cada grupo de participantes. Morrer pelos Passarinhos procura uma forma diferente de difusão dos espetáculos, pela participação e adequação do projeto a cada local.

 

Lígia Soares coreógrafa e dramaturga portuguesa. Desde 1999, transita entre as disciplinas da dança, teatro e performance. O seu trabalho tem sido apresentado nacional e internacionalmente (Portugal, Brasil, Alemanha, França, Noruega, Holanda, Bélgica, Sérvia, Croácia, entre outros). Entre 2001 e 2014 foi diretora artística de Máquina Agradável. Desenvolveu também vários contextos de programação com outros artistas como o Demimonde, ou o Face a-Face. Na sequência de trabalhos como Romance (2015), O Ato da Primavera (2017), Turning Backs (2016), Jogo de Lençóis (2019) prossegue uma pesquisa em dispositivos cénicos inclusivos da presença do espectador como elemento constituinte da dramaturgia do espetáculo, incorporando ou substituindo o próprio papel de performer. É mentora em diversos programas de escrita para cena e colabora regularmente como dramaturga em projetos de dança e teatro. As peças Romance, Cinderela; Civilização; Memorial e A Minha Vitória Como Ginasta de Alta Competição estão editadas pela Douda Correria. Recebeu a bolsa de criação artística e literária da DGLAB em 2020.

 

Henrique Furtado atualmente bailarino, performer e coreógrafo, desenvolve a sua prática artística principalmente entre a criação coreográfica e a colaboração como intérprete com vários artistas tais como Bleuène Madelaine, Eric Languet, Aurélien Richard, Céline Cartillier, Tino Sehgal, Salomé Lamas, André Uerba, Sofia Dias & Vítor Roriz, Ana Renata Polónia, Vera Mantero, Boris Charmatz e Tania Soubry. Pontualmente dedica-se à investigação, à pedagogia e à escrita em relação com a dança, em diferentes contextos e através de múltiplas parcerias (O Rumo do Fumo, Unlock Dancing Plaza, Ballet Contemporâneo do Norte, Colectivo 84, Comédias do Minho…), e mais recentemente tem estado envolvido como dramaturgista nas coreografias de Nicolas Hubert (Compagnie Épiderme) e de Giulia Arduca (Compagnie Ke Kosa). Os seus trabalhos são frequentemente criados em sinergia com outros artistas como em Bibi Ha Bibi, com Aloun Marchal, em Stand still you ever-moving spheres of heaven, com Chiara Taviani, ou em Morrer pelos Passarinhos, com Lígia Soares. Nos seus espectáculos / performances destaca-se a sobreposição de estilos e de géneros, a presença vocal na dança e o(s) espaço(s) da imaginação. Tem colaborado e apresentado o seu trabalho em instituições como Aerowaves, CDC Toulouse, Festival de teatro e dança de Goteborg, Festival Roma Europa, rede europeia DNA, Teatro Municipal do Porto, Festival Temps d’Image, Espaço do Tempo, CCB, entre outros.

Data

22, Março 2024

Horário

18H30

Duração

1h30

Faixa etária

M16

Preço

entrada gratuita

Local Museu Nacional Machado de Castro (lotação limitada)

Direção e criação Lígia Soares e Henrique Furtado

A partir de uma ideia original de Lígia Soares e Maria Jorge

Performers da Oficina de Criação I Coline Gras, Daniela Melo, Marissel Marques, Marta Nogueira

Direção de Produção Ana Lobato

Direção técnica e desenho de luz Hugo Coelho

Composição musical e sonoplastia João Lucas

Produção Romance Associação Cultural

Coprodução Teatro-Cine Torres Vedras e Teatro Municipal do Porto

Residências de criação/apresentação Gretua (Aveiro), Festival END (Coimbra), Rua das Gaivotas 6 (Lisboa), A Gráfica (Setúbal)

Apoio à residência Pólo Cultural das Gaivotas, O Rumo do Fumo e Centro Cultural da Malaposta/Minutos Redondos, LAMA Teatro, OPART e Estúdios Victor Córdon

Financiado por República Portuguesa/ Dgartes – Direção Geral das Artes

Apresentação do resultado final das Oficinas de Dramaturgia e Criação

Festival END — Encontros de Novas Dramaturgias

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