um filme de luta social, mas, para além da denúncia da sordidez e da miséria da vida nos bairros de lata de Cidade do México
Luis Buñuel definiu “Los Olvidados” como “um filme de luta social”, mas, para além da denúncia da sordidez e da miséria da vida nos bairros de lata de Cidade do México, reproduz igualmente todo o imaginário onírico e erótico do realizador, sublinhando as suas origens surrealistas (as fabulosas sequências do sonho de Jaibo, o leite nas pernas de Meche). O filme, intenso e cruel, fez sensação no festival de Cannes e relançou a carreira de Buñuel (aos 50 anos). Trata-se de uma das suas obras primas absolutas. — Cinemateca Portuguesa
Luis Buñuel (Calanda, Espanha, 1900 — Cidade do México, 1983), cineasta e escritor, foi considerado o primeiro a realizar um filme inteiramente surrealista, escrito e realizado em conjunto com o pintor Salvador Dalí, e que seria o seu primeiro filme. Mas antes de experimentar o trabalho de realização, já tinha experimentado o cinema quando, no início dos anos 20, trabalha em Paris como assistente do realizador Jean Epstein. Segundo Octavio Paz, o trabalho de Buñuel é “o casamento entre a imagem fílmica e a imagem poética, criando uma nova realidade… escandalosa e subversiva”.
Data
21, Outubro 2019
Horário
18H30
Duração
1h20
Faixa etária
M12
Preço
€5
€3,5 < 25, estudante, > 65, comunidade UC, grupo ≥10, desempregado, parcerias
Local auditório TAGV
Com Alfonso Mejía, Estela Inda, Miguel Inclán
Origem México, 1950