Este projeto curatorial foi pensado para desencadear conversas sobre o poder do storytelling e do uso dos media e das artes na pesquisa sobre saúde mental e na sua promoção. Foca-se em trabalhos artísticos e performativos realizados em diferentes linguagens – teatro, documentário em vídeo, instalação sonora, fotografia e i-doc – que têm como ponto de partida a narração de diferentes experiências vividas. Os pontos de vista captados em cada um deles permitem desmontar, reconstruir e transformar significados e ensaiar novos entendimentos em alternativa à visão hegemónica de modelos médicos ou do senso comum e trabalhar possibilidades de promoção do bem estar. Permitem, também, contribuir para o reconhecimento do uso de metodologias baseadas em arte e em media como formas válidas de construção de conhecimento emancipatório e de criação de confiança e empatia entre diferentes grupos/públicos, assim como importantes formas de comunicação de ciência. Assim, ao longo de uma semana, de 7 a 11 de outubro de 2024, propõe-se a apresentação destes trabalhos, em datas e locais diferentes dentro do TAGV, acompanhados de momentos de conversa e discussão com os públicos de forma a explorar o potencial do ato de contar histórias pessoais, a intersecção entre a pop culture e diferentes facetas de abordar a saúde mental.

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instalação sonora  7 outubro — 7 novembro
Estás a Ouvir-me? (2021) Autoria Sílvio Correia Santos

Estás a Ouvir-me? (2021) é um exercício sonoro concebido por Sílvio Correia Santos a partir do espetáculo teatral Vozes sem Conta (Marionet, 2021). Insere-se no âmbito de Ouvir Vozes, um projeto da Marionet em parceria com o Movimento Ouvir Vozes Portugal, o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e a Rádio Aurora – A Outra Voz, do Hospital Júlio de Matos. Estás a ouvir-me? nasceu a partir das palavras que múltiplas vozes juntaram para este espetáculo e para este projeto. A partir de uma pergunta que, no meio das 17209 palavras do guião da peça, foi capaz de desinquietar o autor desta instalação. É dessa inquietude que este objeto sonoro nasce. É ela que estes sons retratam.

Café TAGV / horário de funcionamento Café TAGV entrada livre

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cinema 7 outubro 21h30
Mentes que sentem (PT) De Ricardo Pinto Reis e Dânia Viana (45 min.)

No âmbito do projeto SenteMente, um grupo de mulheres, algumas com perturbações psicológicas, junta-se e recorre a diferentes linguagens artísticas para construir uma mostra biográfica. A partir da partilha de diversas experiências traça-se um caminho de resiliência e comunhão que pretende propor uma reflexão sobre a valorização pessoal e colectiva, a inclusão social e a consciencialização para a igualdade de género e, em particular, para a saúde mental.

A minha raiva é underground (PT) De Francisca Antunes (13 min.)
Uma performer desenha um mapa enquanto ouve o ambiente de uma cidade. Ela cria um lugar novo e imaginado onde reflete sobre o trauma e sua ligação com a cidade.
*Conversa no final moderada por Rita Alcaire
Esta atividade encontra-se inserida na programação da Escola Media e Violência Sexual que se realiza no âmbito do projeto UnCoveR do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. 

TAGV entrada gratuita

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palestra — performance 9 outubro
Palavras que me servem Por Laura Falésia e André Tecedeiro

Criar uma palavra é reconhecer uma existência. A nossa compreensão do mundo e de quem somos é moldada pelas palavras que usamos. É por isso que o nosso vocabulário é tão poderoso. Através de relatos pessoais, André Tecedeiro e Laura Falésia conversam sobre como as suas memórias de infância e adolescência impactaram as suas noções de género e identidade. Esta palestra-performance é um convite ao reconhecimento da diversidade humana e à criação de espaços mais seguros e inclusivos, a começar pela forma como comunicamos. 

TAGV duração aprox. 1h30 entrada gratuita

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exposição 8 outubro — 7 novembro
Photovoice De Paula Dürks Cassol

Inauguração 8 outubro / 18h00 *apresentação e visita guiada com a presença de Paula Dürks Cassol
Fotografias selecionadas da pesquisa Pessoas Trans e Justiça Reprodutiva em Portugal: Uma Análise do Discurso em Saúde Reprodutiva de Paula Durks Cassol (CES-UC), da autoria de Paula Dürks Cassol, com um recorte sobre questões de saúde mental relacionadas ao acesso à saúde reprodutiva da população trans.

TAGV entrada gratuita

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cinema 10 outubro 18h30
Para-suicídio Pop (PT) De Rita Alcaire (antropóloga), Isabel Gil (docente, enfermagem de saúde mental), Paula Carriço (médica psiquiatra), Marta Roque (médica psiquiatra)
(23 min. 2008)

Para-suicídio Pop é um trabalho que relata a experiência de indivíduos que tentaram o suicídio sem a intenção de morte, apresentada a partir de entrevistas com pessoas reais que passaram por essa experiência, cruzados com excertos de filmes e videoclips; realizado inicialmente para o cumprimento da parte curricular do Mestrado em Psiquiatria Cultural (FMUC), esta curta metragem é utilizada atualmente com propósitos formativos na área da saúde mental e dos media.

*vídeo comentado pelas autoras
TAGV entrada gratuita