Rossellini foi o pai e o expoente do neo-realismo italiano, era um homem e um criador inquieto, que não se acomodava, e mudou radicalmente o curso do cinema em termos de produção, de narrativa, de direcção de actores.
Considerado um exemplo fulcral do Neo-realismo, formando juntamente com Paisà – Libertação e Alemanha, Ano Zero a chamada Trilogia Neo-realista. Enquanto Roma é ocupada pelos Nazis, cruzam-se histórias de vida. Entre as personagens, encontram-se Pina, Francesco e Manfredi, líder do movimento da resistência romana. O padre Pietro ajuda a resistência, transmitindo as suas mensagens e auxiliando o movimento financeiramente. A Gestapo captura o padre e interroga-o, tentando convencê-lo a trair a sua causa.
Rossellini “inventou” o cinema moderno. Alain Bergala escreveu em 1984 (e ainda hoje é assim): um espectador que hoje em dia “entrasse em Stromboli, Viagem em Itália, Europa 51 ou ainda O Medo [de súbito], ver-se-ia envolvido numa obra abrasadora, directa como uma bala, devastadora, em resumo uma obra viva e moderna”. Já em 1955, o realizador Jacques Rivette, escrevia na sua célebre “Carta sobre Rossellini” (Cahiers du Cinéma): “Se considero Rossellini como o cineasta mais moderno, não é sem razão […]. Parece-me impossível não ver Viagem em Itália sem experimentar a evidência de que este filme abre uma nova brecha, e que todo o cinema deve passar por lá sob pena de morte. […] Aquando do aparecimento de Viagem em Itália, todos os filmes envelheceram, de repente, 10 anos.”
Rossellini foi também o “pai” e o “expoente” do neo-realismo italiano, era um homem e um criador inquieto, que não se acomodava, e mudou radicalmente o curso do cinema em termos de produção, de narrativa, de direcção de actores.
Depois de uma bem-sucedida “operação Rossellini” que em 2015 trouxe muitos milhares de espectadores para (re)ver o seu cinema em cópias digitais restauradas, os filmes estão aí de novo: 10 obras-primas realizadas em década e meia, a dos seus anos mais celebrados.
Como diz a frase que serve de subtítulo a este ciclo e que ouvimos no filme de Bernardo Bertolucci Prima dellarivoluzione: “Lembra-te, Fabrizio, não se pode viver sem Rossellini”. — Medeia Filmes
Data
25, Setembro 2023
Horário
18H00
Duração
1h40
Faixa etária
M12
Preço
€5
€3,5
descontos TAGV
< 25 anos, estudante, comunidade uc, rede alumni uc, > 65 anos, grupo ≥ 10, desempregado, profissional da cultura, parceria TAGV
Os bilhetes com desconto são pessoais e intransmissíveis e obrigam à identificação na entrada quando solicitada. Os descontos não são acumuláveis
Local auditório TAGV
Ciclo Roberto Rossellini
Realização Roberto Rossellini
Com Anna Magnani, Aldo Fabrizi, Marcello Pagliero
Origem Itália, 1945
Festival de Cannes, 1946 Grande Prémio do Festival
Óscares 1947 Nomeação para Melhor Argumento
Cópia digital restaurada
Em exclusivo