estes sistemas visuais serão transpostos para a dimensão sónica pelas texturas musicais de Ilda Teresa Castro e Vitor Rua que, com a sua música original, prometem acrescentar mais vida à (artificial) projetada. Ao público serão dadas duas formas de música, a composta por Ilda e Vitor e a dançada pelos autómatos
Semióticas apresenta-se como uma experiência de contemplação e interpretação, onde é pedida uma leitura musical a sistemas de vida artificial. São projetadas várias estéticas de autómatos celulares, aqui indicados como musográficos, desenvolvidas por André Quaresma e Rita Barqueiro. Estes sistemas visuais serão transpostos para a dimensão sónica pelas texturas musicais de Ilda Teresa Castro e Vitor Rua que, com a sua música original, prometem acrescentar mais vida à (artificial) projetada. Ao público serão dadas duas formas de música, a composta por Ilda e Vitor e a dançada pelos autómatos.
Esta experiência propõe uma imersão em sugestões digitais de padrões, em formas que (entropicamente) nos induzem signos e (imediatamente) desencadeiam o processo de produção de sentido. O signo torna-se significado ao atravessar os olhos, provocando um sentimento acerca do corpo ausente que representa. Para um músico, esta semiose é tonalidade e ritmo; luz que se extingue na vista para renascer na dimensão que representa, a sonora.
Durante séculos, os signos musicais procuraram o detalhe da especificação como forma de atingir a interpretação perfeita: sempre igual, o intérprete tornado o replicador, meio de reprodução de algo previamente criado, onde a derivação é falha, pecado perante a divina e imutável obra. Já o erro humano procurou na tecnologia a certeza calculada e, no obsolescer do replicador, encontrou-se com a curiosidade da expressão tecnológica. Estas novas formas de expressão retroalimentam (por necessidade) a notação, criando novas expressões mais informativas ou mais estimulantes.
Acresce que há quem se aborreça mais com a monotonia figurada do que com a literal, para os quais os signos não servem como grilhões, mas antes janelas com vistas para as paisagens alucinadas que não sabiam querer atingir. Para estes, os signos devem estar vivos e, apesar de encapsulados num sistema construÃdo por humanos, devem exibir comportamentos caracterÃsticos dos sistemas vivos naturais. Porque esses são os sistemas que dançam debaixo das estrelas ou ao ritmo da chuva em padrões evanescentes, periódicos e complexos. O aborrecimento não raramente causará a revolta contra o estrito e determinÃstico; apesar das inúmeras e conhecidas baixas, as vanguardas não se demovem pela responsabilidade de poupar os que as seguem e por incapacidade de ser outra coisa. Este destino está indeterminado e esse será o seu maior apelo. — André Quaresma
Data
29, Novembro 2025
Horário
22H00
Duração
50 min.
Faixa etária
M6
Preço
€7
€5
< de 25 anos, estudante, comunidade uc, rede alumni uc, > 65 anos, grupo ≥ 10, desempregado, profissional do espetáculo, parcerias TAGV
Os bilhetes com desconto são pessoais e intransmissÃveis e obrigam à identificação na entrada quando solicitada. Os descontos não são acumuláveis
Bilheteira /Â atendimento presencial
segunda a sexta-feira 17h00 — 20h00
em dias de eventos 1 hora antes / até meia hora depois
encerrada aos sábados, domingos e feriados
Local Salão Brazil
Conceito André Quaresma
Música original Ilda Teresa Castro & Vitor Rua
Autómatos Celulares Musográficos André Quaresma & Rita BarqueiroÂ
Produção André Quaresma & Rita Barqueiro
Apoios Casa da Artes Bissaya Barreto; Centro de Estudos Clássicos e HumanÃsticos; Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória; Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra; Faculdade de Letras da Universidade do Porto; Jazz ao Centro Clube; LIPA — Laboratório de Investigação e Práticas ArtÃsticas; Mundos e Fundos; RUC Rádio Universidade de Coimbra, Teatro Académico de Gil Vicente
Fotografia Arquivo FLUC