18

Set,2023

Seg


18H00

DURAÇÃO


1h46

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Rodrigo Leão + Carlos Maria Trindade

Ciclo Roberto Rossellini

Rossellini foi o pai e o expoente do neo-realismo italiano, era um homem e um criador inquieto, que não se acomodava, e mudou radicalmente o curso do cinema em termos de produção, de narrativa, de direcção de actores.

 

Karen é uma refugiada. De modo a poder ficar em Itália, ela casa-se com um marinheiro da ilha de Stromboli, na Sicília. Rapidamente, o fato de ambos terem mentalidades diferentes cria conflitos entre o casal. Odiada pelos habitantes da ilha e praticamente ignorada pelo marido, Karen procura forças para sobreviver nesse contexto. Este é o filme que marca a primeira colaboração entre Rossellini e Ingrid Bergman.

 

O primeiro filme de Rossellini com Ingrid Bergman (que “partiu de “Under Capricorn” para “Stromboli”) marcou uma viragem importante no percurso do realizador e no da atriz. À época, Eric Rohmer comentou assim o filme: “Stromboli, grande filme cristão, é a história de uma pecadora tocada pela graça”. Por muitas razões, uma das mais extraordinárias experiências em toda a história do cinema. “Este filme, duma beleza alucinante, é um filme sobre o cosmos. […] Stromboli é o poema da criação” (JBC). A apresentar na versão inglesa, em cópia digital. — Cinemateca Portuguesa

 

Rossellini “inventou” o cinema moderno. Alain Bergala escreveu em 1984 (e ainda hoje é assim): um espectador que hoje em dia “entrasse em Stromboli, Viagem em Itália, Europa 51 ou ainda O Medo [de súbito], ver-se-ia envolvido numa obra abrasadora, directa como uma bala, devastadora, em resumo uma obra viva e moderna”. Já em 1955, o realizador Jacques Rivette, escrevia na sua célebre “Carta sobre Rossellini” (Cahiers du Cinéma): “Se considero Rossellini como o cineasta mais moderno, não é sem razão […]. Parece-me impossível não ver Viagem em Itália sem experimentar a evidência de que este filme abre uma nova brecha, e que todo o cinema deve passar por lá sob pena de morte. […] Aquando do aparecimento de Viagem em Itália, todos os filmes envelheceram, de repente, 10 anos.”
Rossellini foi também o “pai” e o “expoente” do neo-realismo italiano, era um homem e um criador inquieto, que não se acomodava, e mudou radicalmente o curso do cinema em termos de produção, de narrativa, de direcção de actores.
Depois de uma bem-sucedida “operação Rossellini” que em 2015 trouxe muitos milhares de espectadores para (re)ver o seu cinema em cópias digitais restauradas, os filmes estão aí de novo: 10 obras-primas realizadas em década e meia, a dos seus anos mais celebrados.
Como diz a frase que serve de subtítulo a este ciclo e que ouvimos no filme de Bernardo Bertolucci Prima dellarivoluzione: “Lembra-te, Fabrizio, não se pode viver sem Rossellini”. — Medeia Filmes

Data

18, Setembro 2023

Horário

18H00

Duração

1h46

Faixa etária

M12

Preço

€5

€3,5 

descontos TAGV

< 25 anos, estudante, comunidade uc, rede alumni uc, > 65 anos, grupo ≥ 10, desempregado, profissional da cultura, parceria TAGV

Os bilhetes com desconto são pessoais e intransmissíveis e obrigam à identificação na entrada quando solicitada. Os descontos não são acumuláveis

Local auditório TAGV

ciclo Roberto Rossellini 

Realização Roberto Rossellini 

Com Ingrid Bergman, Mario Vitale, Renzo Cesana

Origem Itália, 1950

Sindicato Nacional Italiano de Jornalistas de Cinema, 1951 Melhor Atriz Estrangeira para Ingrid Bergman

Festival de Veneza, 1950 Nomeação para o Leão de Ouro

Cópia digital restaurada

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