Entre as peças restauradas destaca-se o letreiro duplo em néon da Confeitaria Conímbriga, datado do início da década de 1980, que durante décadas iluminou a zona do Calhabé, junto à Fonte da Cheira. Composto por dois elementos em vidro de grandes dimensões e subestrutura metálica, o letreiro foi recuperado graças a um crowdfunding que contou com o precioso contributo de Ana Preto, Joana Corker, José Lopes, Marcos Sánchez Provencio, Nuno Dias, Rita Garcia, Rui Vale Marques e mais 14 doadores anónimos, a quem se deve a possibilidade de o apresentar novamente ao público. 

Tipos de Coimbra tem um espólio em constante expansão, agora com mais de meia centena de peças, entre néons, caixas de luz, chapas metálicas e outros artefactos da paisagem visual urbana, ressignificando um sentido de pertença pela devolução às gentes de Coimbra da materialidade luminosa e gráfica da sua cidade. 

Rafael Vieira (Coimbra, 1979) é arquiteto e jornalista-colaborador, mestre em Reabilitação Urbana, Rafael Vieira (Coimbra, 1979) é arquiteto e jornalista-colaborador, mestre em Reabilitação Urbana, pós-graduado em Jornalismo de Investigação Colaborativo e doutorando em Sociologia – Cidades e Culturas Urbanas na FEUC/CES. Resgata memórias gráficas da cidade pelo projecto Tipos de Coimbra (com Liliana Marante), mantém o acervo Coimbrastreetart e é ativista nos coletivos Eu Também Coimbra e Coimbr’a Pedal. Vencedor de vários prémios jornalísticos, co-realizou o documentário Salatinas – Histórias da Velha Alta de Coimbra e lançou um livro pela Fundação FMS – Os Salatinas – Coimbra da Saudade.

Liliana Marante (Águeda, 1985) é também mediadora do projeto Tipos de Coimbra. Psicóloga e terapeuta corporal, mestre em psicologia clínica e da saúde pela FPUL e pós-graduada em dança e movimento em psicoterapia na FPCEUC. Interessa-se pela exploração do movimento no espaço enquanto ocupação e identidade. O estudo da conceptualização/ estrutura de espaços liminais, e a relação espacial que se forma entre as coisas, narrativa e experiencialmente, tem sido objeto de trabalho, incluindo as interações interespécies e com objetos vivos pela memória.