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Torrente

Teatro do Vestido

este era o projecto que ainda queríamos fazer sobre isto.
No silêncio dos 50 anos do processo revolucionário português

“Tanta gente, donde vinha?”
Eduarda Dionísio

Não temos a certeza de tudo já ter sido dito e escrito sobre o processo
revolucionário de 1974-75 em Portugal.

Momento ímpar na história mundial, esta torrente de acções cívicas, de formas de organização política de base, de reivindicações de toda a ordem, por parte de uma população com fraca literacia, despolitizada até pouco tempo antes, a sair de 48 anos de ditadura, não deixa de nos espantar – a nós, que nascemos durante ou depois, que não temos memória directa de o ter vivido. 

Estamos a perguntar sobre isto a quem o viveu desde há 15 anos, pelo menos, quando iniciámos o nosso trabalho documental sobre a memória política do século XX português.
E temos muitas histórias para contar.

Também tropeçámos num conjunto de obras literárias (e esquecidas) sobre isto – porque muito do que rodeia este processo é uma névoa de esquecimento e apagamento, apesar da prolífera produção artística da época e dos anos que se seguiram, em que a revolução e o processo eram protagonistas.

Este era o projecto que ainda queríamos fazer sobre isto.
No silêncio dos 50 anos do processo revolucionário português. 

Um espectáculo mais poético do que documental, mais evocativo do que informativo, e em que a memória surge estendida sobre uma mesa de operações, pronta a ser dissecada, mas

conseguiremos?

“Ninguém nos inventa.”
Olga Gonçalves

 Joana Craveiro

 

O Teatro do Vestido é  um coletivo teatral fundado em 2001 e cuja primeira peça, Tua, se estreou na Galeria Zé dos Bois. Tem na sua génese a escrita de textos dramáticos originais, a procura de espaços de apresentação alternativos, a observação da realidade, a investigação etnográfica e a história oral, como principais metodologias de trabalho. A companhia procura constantemente novas formas de fazer um teatro autobiográfico, político, engajado e poético, através de processos colaborativos, com direção artística de Joana Craveiro. As dimensões ética, social e pedagógica são constituintes da companhia desde a sua formação em 2001, e têm tido expressão nos múltiplos projectos desenvolvidos ao longo dos seus mais de 20 anos de atividade. A companhia trabalha desde sempre a temática da memória e a sua relação com a sociedade e com a vida de cada um, fazendo do seu teatro um misto de autobiografia e profunda reflexão sobre a realidade envolvente. A companhia tem vindo a tentar re-significar a prática de um teatro político e documental hoje. A poética das cidades, dos espaços devolutos, dos espaços de passagem e em transformação; a observação atenta e engajada do quotidiano; o trabalho de campo, a recolha de memórias e histórias de vida; a memória histórica, e a criação de comunidades várias, à passagem da companhia – todos estes aspetos são a marca metodológica e artística do trabalho do Teatro do Vestido. Reconhecendo-o, a Associação Portuguesa de Críticos de Teatro descreveu em 2012 o Teatro do Vestido como tendo, “uma atividade aberta a todas as formas de arte, atenta a todos os cidadãos e curiosa de tudo o que se passa no mundo em que as pessoas vivem”.

 

Joana Craveiro dramaturga, encenadora, atriz, professora, antropóloga e documentarista. É diretora artística do Teatro Vestido (que co-fundou, em 2001) e coordenadora da Licenciatura em Teatro da Escola Superior de Artes e Design, Caldas da Rainha. Doutorada pela Roehampton University, Londres. Os seus métodos criativos assentam grandemente em práticas etnográficas e na história oral. A relação entre os acontecimentos históricos e as suas representações no presente, bem como a recolha de memórias e histórias de vida, e as cartografias poéticas e afetivas das cidades são algumas das questões a partir das quais tem trabalhado e investigado. Desenvolve uma pedagogia criativa e combativa que ajuda a pensar um mundo livre de totalitarismo, xenofobia, misoginia e de racismo estrutural. O teatro que faz é político, documental e poético. É membro da rede de dramaturgos europeus, Fabula Mundi, e investigadora associada do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa (IHC/NOVA).

Data

12, Dezembro 2025

13, Dezembro 2025

Horário

21H30

21H30

Duração

Faixa etária

M12

Preço

*fumo em cena

Bilheteira / atendimento presencial
segunda a sexta-feira 17h00 — 20h00
em dias de eventos 1 hora antes / até meia hora depois
encerrada aos sábados, domingos e feriados

Local auditório TAGV

 

Texto e Direção Joana Craveiro

Co-criação e Interpretação Estêvão Antunes, Diana Ramalho, Inês Minor, Tânia Guerreiro, Tozé Cunha

Música e Espaço Sonoro Francisco Madureira

Cenografia Carla Martínez

Figurinos Tânia Guerreiro

Vídeo João Paulo Serafim, José Torrado

Desenho de Luz Leocádia Silva

Engenharia e operação de som Bernardo Afonso

Assistência à direção artística e ao movimento Teresa Cunha

Comunicação e Assistência de Produção Maria Inês Augusto

Direção de produção Alaíde Costa

Coprodução Teatro Académico de Gil Vicente, Teatro do Vestido, Cine-Teatro Louletano, Fitei Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica, Galeria Zé dos Bois

Apoio Citemor, O Espaço do Tempo, Museu do Aljube – Resistência e Liberdade

Apoio científico Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa (IHC/NOVA), projeto “Memória e Revolução”, coordenação de Luís Trindade

O Teatro do Vestido e a ZDB têm o apoio de República Portuguesa – Cultura, Juventude e Desporto / Direção-Geral das Artes

Residência artística em Coimbra / 19 — 25 maio

Fotografia Acervo A.A.Costa

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