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Set

Ter


21H30

DURAÇÃO


1h29

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Umberto D.

Vittorio De Sica / Ciclo Os Anos de Ouro do Cinema Italiano

há paralelismos evidentes com Ladrões de Bicicletas neste retrato íntimo de um homem só, que tem apenas um cão por companhia e luta para sobreviver e manter a sua dignidade, onde Zavattini, que desta vez escreveu sozinho o argumento, atinge a máxima expressão da sua busca poética.

Era o filme preferido de De Sica, Bazin considerou-o um dos maiores da história do cinema, Chaplin chorou ao vê-lo. Buñuel escreveu que “era um dos melhores filmes que o neo-realismo produzira”. O novo governo democrata-cristão italiano manobrou para que não saísse vitorioso do festival de Cannes, e um jovem Giulio Andreotti escreveu um artigo inflamado contra o neo-realismo e acusava De Sica de dar “uma má imagem do país”, ao que o realizador retorquiu que “contava a realidade”. Umberto D. é um velho solitário e o apelido é amputado para tornar universal um problema com que se debatia na altura a Itália: o dos reformados que viviam na indigência com as pensões de miséria que recebiam. Contra a pretensão dos produtores, o realizador foi de novo buscar rostos novos e desconhecidos: um professor para interpretar Umberto D., e uma rapariga que encontrou na província e que acompanha uma amiga ao casting interpreta a criada da pensão onde aquele vive.

 

Vittorio De Sica começou como ator de teatro e cinema nas comédias dos anos 30. Estreou-se como realizador em 1940 e, em 1943, iniciou uma longa parceria com o argumentista Cesare Zavattini. Juntos, tornaram-se figuras centrais do neo-realismo italiano, com obras-primas como Sciuscià (1946), Ladrões de Bicicletas (1948) e Umberto D. (1952). Com a combinação do realismo social e a empatia pelas personagens, De Sica venceu vários Óscares de Melhor Filme Estrangeiro. Continuou a atuar em paralelo com a realização, destacando-se em filmes como O General Della Rovere (1959). A sua obra, marcada pela ternura e humanismo, fez dele um dos grandes nomes do cinema italiano e mundial.

 

O cinema italiano marcou e influenciou a história do cinema, no seu período áureo, que começou no pós-guerra e se prolongou ao longo de algumas décadas, dos anos quarenta aos setenta. Viajamos pelos “anos de ouro do cinema italiano”, com a exibição de filmes, em cópias restauradas, alguns inéditos em sala, realizados por cineastas que marcaram profundamente o nosso imaginário de espectadores, que criaram dezenas de obras-primas premiadas nos grandes festivais de cinema, que ganharam Óscares e que eram amadas pelo público. Como refere o crítico e curador Roberto Turigliatto, “existia nessa altura uma riqueza tal no cinema italiano que é muito difícil de reencontrar posteriormente. Era um dos grandes cinemas no mundo, quer em número de autores grandes e importantes, quer em capacidade de fazer um grande cinema popular de grande nível estético.” Viva il cinema italiano!

Data

23, Setembro 2025

Horário

21H30

Duração

1h29

Faixa etária

M12

Preço

€6

€4 

< de 25 anos, estudante, comunidade uc, rede alumni uc, > 65 anos, grupo ≥ 10, desempregado, profissional do espetáculo, parcerias TAGV

Os bilhetes com desconto são pessoais e intransmissíveis e obrigam à identificação na entrada quando solicitada. Os descontos não são acumuláveis

 

Bilheteira / atendimento presencial
segunda a sexta-feira 17h00 — 20h00
em dias de eventos 1 hora antes / até meia hora depois
encerrada aos sábados, domingos e feriados

Local TAGV

 

Origem Itália, 1952, Cópia Restaurada

Com Carlo Battisti, Maria Pia Casilio, Lina Gennari

Festival de Cannes 1952 Seleção Oficial em Competição

Prémios New York Film Critics Circle Melhor Filme Estrangeiro

Óscares 1957 Nomeação Melhor Argumento (Cesare Zavattini)

Prémios Bodil 1953 Melhor Filme Europeu

Ciclo Os Anos de Ouro do Cinema Italiano

 

16 setembro 18h30 Onde Está a Liberdade? / Roberto Rossellini 16 setembro 21h30 A Doce Vida / Federico Fellini 23 setembro 18h30 As Noites da Cabíria / Federico Fellini 23 setembro 21h30 Umberto D. / Vittorio De Sica 30 setembro 18h30 Uma Vida Difícil / Dino Risi 30 setembro 21h30 Violência e Paixão / Luchino Visconti

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As Noites da Cabíria