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a vertigem causada pelas estruturas da vida na era digital, fortemente orientadas pelo capitalismo da atenção que desmaterializa muitos aspetos estruturantes da existência, é inevitável
Numa conferência on-line, André Lepécki contextualizava o processo que tem vindo a dar lugar ao desaparecimento do corpo. Estávamos em pleno período pandémico e, nessas circunstâncias, esse desaparecimento era também literal. O corpo tende a desaparecer à medida que se afirmam os processos inerentes ao mundo em rede, produzidos pelas alterações que a tecnologia tem vindo a introduzir nas sociedades atuais. A vertigem causada pelas estruturas da vida na era digital, fortemente orientadas pelo capitalismo da atenção que desmaterializa muitos aspetos estruturantes da existência, é inevitável.
Na torrente de uma vida exposta, cada vez mais fragmentada, com vínculos frágeis e geridos à distância, o corpo reivindica um espaço para si, ao afirmar-se enquanto lugar de escuta, numa tentativa de desenhar um gesto poético que nos sirva de proteção a todos. — Mário Afonso
Mário Afonso apresenta um trabalho autoral que resulta num conjunto de objetos de carácter performativo, coreográfico e instalativo. De entre outros, destaca Magmatic (performance-instalação, 1999); Persona (2003); Representações (2005); Entre Vistas (2008); Peripatéticos (instalação, 2008); Esquissos e Desenhos (instalação, 2008); Memória Descritiva (2010); Manifesto Desejo (2019); Framework (2022); e vaziopleno (2023). No âmbito da colaboração artística, é co-criador em obras de outros artistas com os quais partilha uma afinidade estética e conceptual. Mais recentemente, tem desenvolvido projetos de tutoria e integrado projetos na qualidade de assistente artístico. Em 2009 fundou a associação cultural Carta Branca, através da qual promove iniciativas de largo espectro na área da criação artística, formação e realização de ideias. Em 2016 deu início ao projeto Prata da Casa – acervo de vídeos documentais para a dança contemporânea, de acesso universal online www.pratadacasa.pt
Data
20, Março 2025
Horário
21H30
Duração
45 min.
Faixa etária
M14
Preço
€10
€7
< 25 anos, estudante, comunidade uc, rede alumni uc, > 65 anos, grupo ≥ 10, desempregado, profissional da cultura, parcerias TAGV
Bilheteira / atendimento presencial
segunda a sexta-feira 14h00 — 20h00
em dias de eventos 1 hora antes / até meia hora depois
encerrada aos sábados, domingos e feriados
Local TAGV
Conceção, direção e interpretação Mário Afonso
Dramaturgia Ana Pais, Mário Afonso
Textos Mário Afonso, com intromissões de Ana Pais, Poema “Estilo”, de Herberto Hélder
Cenografia Elisa Pône
Desenho de luz Luís Moreira
Música Maria do Mar, Érika Machado
Produção Carta Branca
Coprodução Festival Temps d’Image
Apoio Financeiro Fundação GDA – Gestão dos Direitos dos Artistas
Apoio Balleteatro, Casa da Dança, c.e.m – centro em movimento, Linha de Fuga, O Rumo do Fumo
Agradecimento Anabela Mendes, Catarina Caldeira, Companhia Clara Andermatt, Daniel Worm, Graça Passos, Hannya Melo, João Bento, Malaposta, Maria João Guardão, Maribel M. Sobreira, Nuno Patinho, Patricia Cuan, Renata Bottino, Rita Barreira, Rita Vilhena, Sérgio Marques, Sofia Campos, Tânia Guerreiro, Teresa Dias, Vera Mantero
Linha de Fuga acolheu em residência o coreógrafo Mário Afonso com o projeto vaziopleno, antes da estreia no Festival Temps d’Image
vaziopleno é uma coapresentação Teatro Académico de Gil Vicente e Linha de Fuga