Buñuel foi ao mais fundo e mais provocatório do seu anti-clericalismo e fez de "Viridiana" uma ferocíssima sátira ao catolicismo e à sua presença na sociedade espanhola
Buñuel estava há mais de vinte anos radicado no México, quando foi, com alguma pompa, convidado para voltar a filmar em Espanha. Quem se lembrou da brilhante ideia depressa se arrependeu. Buñuel foi ao mais fundo e mais provocatório do seu anti-clericalismo e fez de “Viridiana” uma ferocíssima sátira ao catolicismo e à sua presença na sociedade espanhola. Para grande embaraço do governo, o filme ganhou a Palma de Ouro em Cannes. O Diretor Geral da Cinematografia foi posto na rua, e Franco tentou proibir que a obra fosse estreada na Europa (em Espanha e Portugal foi proibida). Buñuel voltou para o México sem que alguém lhe pedisse para ficar. — Cinemateca Portuguesa
Luis Buñuel (Calanda, Espanha, 1900 — Cidade do México, 1983), cineasta e escritor, foi considerado o primeiro a realizar um filme inteiramente surrealista, escrito e realizado em conjunto com o pintor Salvador Dalí, e que seria o seu primeiro filme. Mas antes de experimentar o trabalho de realização, já tinha experimentado o cinema quando, no início dos anos 20, trabalha em Paris como assistente do realizador Jean Epstein. Segundo Octavio Paz, o trabalho de Buñuel é “o casamento entre a imagem fílmica e a imagem poética, criando uma nova realidade… escandalosa e subversiva”.
Data
28, Outubro 2019
Horário
18H30
Duração
1h30
Faixa etária
M12
Preço
€5
€3,5 < 25, estudante, > 65, comunidade UC, grupo ≥10, desempregado, parcerias
Local auditório TAGV
Com Silvia Pinal, Francisco Rabal, Fernando Rey, Margarita Lozano
Origem Espanha, México, 1961