31

Jan,2022

Seg


18H00

DURAÇÃO


1h55

Ver Preços

Alceu Valença

De Xavier Beauvois

com Jérémie Renier no papel de um polícia dedicado que vê o seu mundo desabar após um acidente com uma arma, o filme recebeu vários elogios da crítica internacional

Crónica de um lugar (Étrat, pequena vila sobre o mar na Normandia, onde hoje vive o realizador de “Dos Homens e dos Deuses”), entre o policial e o melodrama, um conto marítimo (com um “milagre” como em Rossellini, e não evocamos o seu nome em vão), “Albatros”, nome de barco e de ave a evocar o poema de Coleridge, é um grande filme. Profundo, inspirador e magistralmente interpretado por Jérémie Renier no papel de comandante de brigada, que, tal como Morgan Freeman em Seven de David Fincher, nunca tivera necessidade de utilizar a sua arma. E quando o faz pela primeira vez, um acidente acontece. Por um erro de milímetros. E tudo parece desmoronar-se à sua volta. E dentro de si próprio.

Retrato íntimo e universal de pessoas normais que têm muito de extraordinário, “Albatros” é também um retrato realista da França profunda e das dificuldades que atravessa. Uma obra sobre o remorso e a culpa, tratados com o pudor a que Beauvois nos habituou (sente-se que o realizador ama profundamente as suas personagens), mas também sobre a solidariedade. E o amor. O epílogo é tocante.

Uma das vozes mais importantes e singulares do cinema francês da atualidade, o realizador, argumentista e ator Xavier Beauvois (França, em 1967) apaixonou-se pelo cinema após ter assistido a uma conferência do crítico e historiador de cinema Jean Douchet. Em 2021, estreia “Albatros”, Seleção Oficial em Competição no Festival de Berlim. Além de realizador, Xavier Beauvois tem também um vasto currículo enquanto ator. Teve papéis de relevo em “Ponette” (1996), de Jacques Doillon, “Le Vent de la nuit” (1999) de Philippe Garrel, que também co-escreveu, “Villa Amalia” (2009), onde contracenou com Isabelle Huppert, e “Adeus, Minha Rainha” (2012), ambos de Benoît Jacquot, e foi co-protagonista, juntamente com Juliette Binoche, de “O Meu Belo Sol Interior” (2017), de Claire Denis.

Data

31, Janeiro 2022

Horário

18H00

Duração

1h55

Faixa etária

M14 a confirmar

Preço

€5
€3,5 < 25, estudante, > 65, comunidade UC, rede alumni UC, grupo ≥ 10, desempregado, profissional do espetáculo, parcerias

Bilheteira TAGV 1 hora antes dos espetáculos e 30 minutos antes das sessões de cinema. Encerra 30 minutos após o seu início

+ info bilheteira@tagv.uc.pt

Local auditório TAGV

com Jérémie Renier, Marie-Julie Maille, Victor Belmondo, Iris Bry

origem França, Alemanha, Bélgica, 2021

Festival de Berlim Seleção Oficial, em Competição

estreia e exibição em exclusivo, em Coimbra, no TAGV