Vincent, um veterano de guerra, regressa a Maryland para trabalhar como terapeuta numa clínica psiquiátrica de luxo. Aí conhece uma jovem que sofre de esquizofrenia, Lilith. À medida que mergulha no seu mundo privado, Vincent vai-se deixando fascinar por Lilith
Lugar comum? Lugar único? Pouco importa, dou-lhes razão: ‘Lilith’ é ‘o mais belo filme de todos os tempos’. […] em que lugar colocar esta obra que Robert Rossen nos deixa, três anos antes de morrer? Se houve filme em que a candura se fechou sobre si própria para assim permanecer sem mácula foi em ‘Lilith’. A Lilith de Jean Seberg não pode ser deste mundo, em que tudo o que a toca a não entende. Só o cinema lhe deu espaço e tempo e a ele veio para aprender que a palavra, ao contrário do que aparenta, pode ser de facto a grande distância, o sinal que verifica a impossibilidade do amor. E quem tiver em pouca conta Warren Beatty como ator, que se desengane quando o vir ficar tão só naquele fim tão perdido, tão a preto e branco, tão lá fora na rua. É que Lilith fecha-se em si, na sua palavra, no cinema, e Beatty fica aqui na terra, bem dentro de nós. Destino dela ou dele? Ou nosso?
— Cinemateca Portuguesa
Data
20, Maio 2019
Horário
15H00
Duração
1h55
Faixa etária
a classificar
Preço
€3,5
Local auditório TAGV
Com Warren Beatty, Jean Seberg, Peter Fonda
Origem EUA, 1964
(falado em inglês, legendado em português)