“Crueza ou Inventário de um Erotismo Coletivo” caracteriza-se por uma série de performances, desenvolvidas coletivamente em laboratório realizada no Teatro Académico de Gil Vicente. Nesta investigação, Cristiana Nogueira, Cris Oliveira, Edicleison Freitas, Márcio Murari e Thales Luz partilham vivências e diálogos disparados por performances que tensionam conceitos envolvendo erotismo, insólito, exaustão e autoficcção, ressoando na seguinte questão: “De que formas a violência se apresenta em nossos corpos?

É seguindo este percurso, que esta exposição traz fragmentos e registos das performances realizadas ao longo de quatro meses e que carregam em si um sentido de urgência em dar a ver não só sensações, mas também ações de reparação da violência inscrita nestes corpos e paradoxalmente inscrita por estes corpos.

Entendendo a exposição como um espaço de convivência ampliado da performance, em que o caráter de impermanência provisoriamente é suspendido, novos trabalhos em vídeo são mostrados, numa continuidade do que foi e será apresentado ao vivo.

Cristiana Nogueira natural do Rio de Janeiro, atualmente a viver em Coimbra, trabalha entre o Brasil e Portugal. Participou de exposições e residências, como o “Performe-se: Fronteiras Borradas/Fronteiras Erguidas”, “Escala 1:1 – ações humanas para espaços monumentais”,  Festival  Ruído. “Gesto Ação & Performance/corpo a corpo”  e  o  Festival  La Plataformance. Organiza o Festival Corpus Urbis e coordena o projeto Performance na Praça. É professora do Curso de Artes Visuais da Unifap/Brasil.